Conteúdo publicado há 10 meses

Gleisi defende fala de Lula sobre Israel e critica Netanyahu: 'Truculência'

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a reação de Israel e disse que Lula não deve recuar na declaração que comparou as mortes na Faixa de Gaza com o Holocausto.

O que aconteceu

Gleisi criticou a decisão de Israel de tornar Lula 'persona non grata' no país. Para ela, isso confirma a "truculência" do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"Persona non grata" até que retire o que disse. O termo em latim significa pessoa indesejada e se refere à prática de um Estado proibir um diplomata (no caso de Lula, um chefe de Estado) de entrar no país em viagem oficial. O chanceler Israel Katz enviou a mensagem, por intermédio do embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, de que Lula não é bem-vindo no país até que retire o que disse.

"A resposta de Netanyahu ao presidente Lula confirma a truculência do chefe de um governo de extrema-direita que está levando seu país ao desastre e ao repúdio da comunidade internacional. Ignora que o Brasil não é mais governado por um fascista como ele", escreveu no X (antigo Twitter).

Netanyahu devia se preocupar com a rejeição que desperta no mundo e em seu próprio país, antes de tentar repreender quem denuncia sua política de extermínio do povo palestino. Ele não tem autoridade moral nem política para apontar o dedo para ninguém.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT

Primeiro-ministro israelense disse que Lula 'ultrapassou linha vermelha'. "As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender", escreveu ele no X (antigo Twitter).

O que disse Lula

Lula deu declaração sobre Israel após comentar outra fala anunciando doações para a agência de refugiados palestinos da ONU. A primeira declaração também gerou polêmica e fez com que o partido Novo abrisse uma queixa-crime contra o presidente na PGR.

O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus.
Presidente Lula

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Lula condenou atos terroristas do Hamas 'diversas vezes', diz governo

"Sempre condenou atos terroristas do Hamas". Segundo a Secretaria de Comunicação Social do governo federal, Lula se opôs "diversas vezes" ao ataque do grupo extremista.

O ministro Paulo Pimenta saiu em defesa de Lula nas redes sociais. O chefe da Secom disse que "a comunidade internacional não pode calar diante do massacre de um povo que não pode sofrer um extermínio pelos crimes cometidos por um grupo que deve ser punido pelo que fez."

O presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas. O fez diversas vezes. E se opõe a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
Secretaria de Comunicação Social, em nota

Nossa solidariedade é com a população civil de Gaza, que está sofrendo por atos que não cometeram. (...) As palavras do presidente Lula sempre foram pela paz e para fortalecer o sentimento de solidariedade entre os povos.
Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social

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