Colombiano que matou namorada será extraditado do Brasil, diz família
O colombiano Jaime Saade, condenado pela morte da namorada e preso no Brasil mais de 26 anos após o crime, deve ser extraditado nesta quinta-feira (11), informou a família da vítima.
O que aconteceu
Extradição foi confirmada ao UOL pelo advogado de defesa da família de Nancy Mestre, na Colômbia. Se executada, a entrega de Jaime ao país latino ocorrerá quase um ano após decisão favorável do STF à extradição dele.
PF não comentou oficialmente sobre a extradição. Ao UOL, o órgão informou que não divulga informações até a conclusão efetiva do processo de entrega do estrangeiro.
Defesa do colombiano foi procurada. O UOL buscou advogados que constam como defensores de Jaime no processo do STF, mas não teve retorno sobre o assunto até o momento. O espaço segue aberto a manifestações e será atualizado tão logo haja posicionamento.
Relembre caso
Jaime Saade foi condenado à prisão em 1996. Ele era acusado da morte da namorada Nancy Mariana Mestre, 18, em Barranquilla, na Colômbia.
Nancy foi ferida na noite de Ano Novo. Ela tinha ido a uma festa com o namorado, mas não voltou para casa. Após procurar pela jovem, o pai foi informado de que ela teria "sofrido um acidente" e teria tentado tirar a própria vida.
Jovem morreu após dias internada. Após investigações, a polícia colombiana descartou a hipótese de suicídio. As autoridades também confirmaram que a vítima foi abusada sexualmente antes de ser assassinada.
Pai da vítima foi responsável pelas buscas. Após perder a filha, Martín Mestre fez um curso de inteligência e começou a buscar o assassino da filha com ajuda das redes sociais. Foi por causa dele que o paradeiro de Jaime foi localizado no Brasil.
Réu fugiu e constituiu família no Brasil. Saade foi localizado em Belo Horizonte em 2019. Ele tinha forjado documentos e casado em Minas Gerais. Após a prisão, a Colômbia pediu a extradição do estrangeiro.
Extradição adiada por quase três anos. O primeiro pedido de extradição do colombiano foi julgado em setembro de 2020. Na ocasião, devido à ausência de um dos ministros, um empate indeferiu o pedido. Uma nova ação foi julgada e aprovada pela Segunda Turma em abril de 2023.
Nova prisão. Após o aceite da extradição, Jaime, considerado foragido, foi encontrado pela Polícia Federal e preso novamente em uma pousada de Marechal Deodoro (AL).
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