Trump declara venda de Bíblias como parte de seu patrimônio

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Hoje tem Breaking News: o plano populista da Kamala. De dar inveja. Mas primeiro vou falar da Bíblia do Trump. Que também é de dar inveja.

Está lá nas 250 páginas da declaração de patrimônio do Donald Trump: 300 mil doletas com a venda de Bíblias. Algo como 1,6 milhão de reais. Quem não teve essa ideia ainda aqui no BRASEW que morra de inveja. Sim, darling, Trump tem uma Bíblia para chamar de sua. Na verdade, a Bíblia é do cantor country Lee Greenwood e Trump foi garoto propaganda. O livro foi vendido como sendo a única Bíblia endossada por Donald Trump.

E o que tem essa Bíblia de tão especial? Ela vem acompanhada de uma tradução da versão da canção God Bless the USA, do tal Greenwood, com cópias da Constituição dos Estados Unidos, da Declaração de Direitos, da Declaração de Independência, do Juramento de Fidelidade. Custa a bagatela de 60 doletas, algo como mais de 320 reais. Enfim, tem gente que vende areia do show da Madonna em Copacabana. E gente que compra.

Aposto que neste momento você está mesmo se perguntando se leu certo: 250 páginas. Sim, darling, leu certo. O patrimônio de Trump precisa de 250 páginas. Tem de um tudo lá, inclusive marcas registradas em países como China, Arábia Saudita, Irã, Ucrânia e Israel. Além de criptomoedas e mais um monte de livros, e empreendimentos imobiliários, e dívidas com a Justiça, e licenciamentos, e receita de todo tipo.

E o da Kamala tem míseras 16 folhas. Nem tem nada que valha à pena lá. Nenhuma Bíblia.

Plano populista de Kamala

Mas vamos ao plano populista. A Kamala acabou de divulgar seu plano econômico. Acabou mesmo, darling. Por isso estamos atrasados na carta de hoje (em outros dias a gente atrasa porque dorme demais mesmo). E a imprensa já está chamando de plano agressivamente populista.

Algumas propostas:

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— Eliminação da dívida médica para milhões de americanos

— a "primeira" proibição de aumento abusivo de preços em alimentos e mantimentos. (Sim, controle de preços.)

— um teto para os custos de medicamentos prescritos.

— subsídio de US$ 25.000 para quem compra imóvel pela primeira vez.

— Crédito Tributário para Crianças, com US$ 6.000 por criança às famílias durante o primeiro ano de vida de um bebê.

Mas ainda se espera que possa vir mais por aí.

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Coletiva de Trump

"Eu estou muito bravo com ela", assim o Trump justificou ontem porque quer continuar fazendo ataques pessoais à Kamala.

Ele deu mais uma coletiva de imprensa. A equipe dele caprichou. Alguém foi no supermercado e comprou um monte de mantimentos para ver se o visual fazia Trump focar em falar mal da economia da gestão Biden-Kamala (Não esquece que Kamala é a vice-presidente). Inflação, darling.

Em 90 minutos de coletiva, Trump até falou um pouco do assunto, mas não adianta. Ele quer ser o Trump de 2016 e ele está muito bravo que o Biden saiu da disputa. Os republicanos estão implorando para que ele foque nas questões da economia, mas ele quer falar mal da Kamala.

"Quanto aos ataques pessoais, estou muito bravo com ela por causa do que ela fez ao país. Estou muito bravo com ela por ter armado o sistema de justiça contra mim e outras pessoas —- muito bravo com ela. Acho que tenho direito a ataques pessoais. Não tenho muito respeito por ela. Não tenho muito respeito por sua inteligência, e acho que ela será uma péssima presidente."

Sem contar que ele falou mal do Biden (ainda), falou mal dos moinhos de vento (ele diz que as eólicas matam os pássaros e ele está muito preocupado com os pássaros), que Kamala é comunista e que ele teve milhões de pessoas na conversa com o Musk Siberiano, também conhecido por Elon Musk.

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Bom, agora ele vai ter que falar do plano da Kamala. A Fox News já dá a linha: controle de preços. A velha discussão de controle de preços. Discussão linda para economistas, mas a Kamala está apostando que vai ganhar o eleitor prometendo que vai controlar preços dos alimentos.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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