Israel mata líder do Hamas, mas a guerra continua
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O governo israelense anunciou ontem a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar, 61, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Sinwar foi morto durante um confronto envolvendo mais dois militantes do Hamas e uma patrulha do Exército de Israel nas ruas da cidade. A identidade do corpo foi confirmada por testes de DNA realizados em Israel, onde Sinwar passou 22 anos preso.
Sinwar era acusado por Israel de ser o principal arquiteto dos ataques do Hamas de outubro do ano passado, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e fizeram 251 reféns. Chefe do Hamas na Faixa de Gaza, ele assumiu a liderança política do movimento de resistência palestino após o assassinato do líder anterior, Ismail Haniyeh, em Teerã.
'Começo do fim'
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a morte de Yahya Sinwar "embora não seja o fim da guerra em Gaza, é o começo do fim". A mensagem foi divulgada ontem à noite, horas depois de outra declaração de Netanyahu, afirmando apenas que a guerra continuaria. "A guerra ainda não terminou. É difícil e nos impõe um alto preço."
O presidente americano, Joe Biden, disse que conversou com Netanyahu e que enviaria o secretário de Estado, Antony Blinken, a Israel para retomar as negociações de cessar-fogo. "É hora de acabar com essa guerra e trazer os reféns de volta para casa."
'Hamas não pode ser eliminado'
O Hamas admitiu hoje a morte de Sinwar e declarou que não libertará os reféns israelenses. Basem Naim, um integrante da cúpula política do Hamas, afirmou à agência de notícias France Presse que a morte de um líder não "elimina" o grupo. "O Hamas é um movimento liderado por pessoas que buscam a liberdade e a dignidade, e isso não pode ser eliminado", disse Naim.
O Irã afirmou, por meio de sua representação na ONU, que o espírito de resistência se fortalecerá. "Sinwar será um modelo para jovens e crianças, que levarão adiante o seu legado pela libertação da Palestina". O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou uma "fase escalatória" em sua guerra contra Israel.
PIB chinês cresce 4,6%
A economia chinesa registrou o menor crescimento desde a suspensão das medidas de restrição de combate à pandemia. O PIB do país cresceu 4,8% no terceiro trimestre, apesar da série de medidas adotadas pelo governo para estimular o consumo e o setor imobiliário. No trimestre anterior, a alta havia sido de 4,7%.
O resultado supera por pouco previsões do mercado, que esperava uma taxa por volta dos 4,5%. No lado positivo, também houve queda do desemprego. Em comunicado, o Escritório Nacional de Estatísticas atribui a desaceleração a um "ambiente externo complicado e difícil, assim como aos novos problemas do desenvolvimento econômico interno".
'Coreia de Norte na Ucrânia'
O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul afirmou nesta sexta-feira que a Coreia do Norte enviará soldados para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. "O Serviço Nacional de Inteligência afirma que soube da decisão recente do Norte de enviar quatro brigadas de 12 mil soldados, incluindo forças especiais, à guerra da Ucrânia", disse a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
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Quero receberNa Coreia do Norte, o líder Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Sul é um país "estrangeiro e hostil". A declaração se segue à mudança na Constituição do país aprovada ontem pela Assembleia Nacional, que inclui no texto a designação do país vizinho como um "Estado hostil".
Macron contra Mercosul
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou ontem que a proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul "não é aceitável da forma como está". "Pedimos respeito aos Acordos de Paris [sobre o clima] e à proteção dos interesses das indústrias e dos agricultores europeus", disse Macron, após uma reunião de cúpula da UE.
A declaração de Macron ocorre em um momento em que a França se vê cada vez mais isolada dentro do continente em sua oposição ao acordo e logo após a última reunião técnica entre representantes dos dois blocos, realizada no Brasil na semana passada.
Deu na BBC
Morte de Sinwar é golpe duro para o Hamas, mas não o fim da guerra. No artigo, o analista de Oriente Médio da rede britânica. Jeremy Bowen, afirma que o evento é a maior vitória de Israel na guerra contra o movimento palestino. Bowen diz que Sinwar transformou o Hamas em uma força que infligiu "a maior derrota militar da história de Israel".
No entanto, segundo Bowen, muitos israelenses acreditam que Netanyahu queira prolongar a guerra ao máximo para não enfrentar a Justiça pelas falhas no 8 de Outubro e por acusações de corrupção. Por outro lado, palestinos entrevistados pela BBC em Gaza se mostraram determinados a levar a guerra adiante. "Desde a década de 1990, todos os líderes do Hamas, exceto um, foram mortos por Israel, mas sempre houve um sucessor." Leia mais.
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