Conteúdo publicado há 1 mês

Preso condenado à morte nos EUA escolhe execução por injeção letal

Richard Moore, de 59 anos, condenado à morte na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, escolheu ser morto por injeção letal. Além da injeção, entre as opções estavam o pelotão de fuzilamento ou cadeira elétrica.

O que aconteceu

O condenado tinha até 18 de outubro responder às autoridades com o método como preferia morrer. A escolha de Moore foi na sexta-feira (18), conforme a AP (Associated Press). A execução está prevista para ocorrer em 1º de novembro de 2024 e a família e os advogados do preso lutam para tentar reverter a sentença — com apelação à Suprema Corte e até pedido para que o governador do estado, o republicano Henry McMaster, conceda clemência.

Se não escolhesse, por omissão, ele seria eletrocutado. A informação foi divulgada pela Fox News. O filho de Moore, Lyndall, e os advogados do preso ainda apontam que o detento é o único negro no corredor da morte no estado a ter sido condenado por um júri composto exclusivamente por brancos. Eles também reforçam que, se for executado, Moore seria o primeiro no estado nos tempos modernos a ser condenado à morte por uma ocorrência onde estava desarmado inicialmente e depois reagiu para se defender quando foi ameaçado.

Autoridades prisionais tinham enviado uma carta autenticada ao preso. O documento atestou que a droga para injeção letal foi testada e considerada pura por técnicos do laboratório criminal do estado. O texto também aponta que a cadeira elétrica usada no corredor da morte no estado, construída em 1912, foi testada em 3 de setembro e continua em condições de funcionamento, e que o pelotão de fuzilamento tem munição e treinamento para a execução.

Carolina do Sul tem novo protocolo para injeção letal, com o uso de dose de uma substância. O método é semelhante ao usado pelo governo federal. Anteriormente, o estado usou três drogas para execuções. A Carolina do Sul ficou 13 anos sem disponibilizar o método porque não conseguia obter a droga necessária com a indústria farmacêutica. Apenas em 2023, o estado voltou a conseguir comprar os itens após a aprovação de uma lei de privacidade às empresas fornecedoras da substância.

No início de 2011, a Carolina do Sul tinha 63 presos condenados ao corredor da morte. Hoje, tem 31, segundo a AP. Cerca de 20 presos saíram do corredor após receberem novas sentenças de prisão após apelações bem-sucedidas. Outros morreram de causas naturais.

Em 2022, preso optou por pelotão de fuzilamento

Em abril de 2022, Moore optou por ser executado pelo pelotão de fuzilamento em vez da cadeira elétrica. A execução ocorreria no dia 29 de abril do respectivo ano, segundo o jornal americano New York Post.

Na ocasião, os fabricantes se recusavam a fornecer os componentes necessários para a injeção letal. Por isso, Moore teve que escolher entre a cadeira elétrica e o pelotão de fuzilamento. Segundo os advogados que o defendiam na época, os métodos violavam a proibição constitucional de "punições cruéis e incomuns" aos detentos.

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Dias antes da execução, a Suprema Corte da Carolina do Sul suspendeu "temporariamente" a ação. Em razão de batalhas judiciais, o tribunal superior da Carolina do Sul remarcou a data da execução para 1º de novembro de 2024 apenas no dia 1º de outubro.

O crime

Richard Moore está no corredor da morte desde 2001. Ele foi condenado pelo assassinato de James Mahoney, 40, funcionário de um supermercado, durante um assalto em 1999, na cidade de Spartanburg, na Carolina do Sul.

Moore entrou no estabelecimento desarmado para roubar. Em determinado momento, o funcionário sacou duas armas. Entretanto, o assaltante conseguiu pegar uma das armas da vítima, e eles trocaram tiros. Moore foi ferido, enquanto Mahoney morreu com um disparo no peito.

O ladrão não acionou o socorro médico após o tiroteio. Gotas de sangue foram encontradas sobre a vítima e as autoridades apontaram que elas mostram que Moore, mesmo ferido, ainda passou por cima do funcionário e roubou o dinheiro do caixa do local.

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