Mulher tenta tirar arma de soldado na Coreia do Sul: 'Não têm vergonha?'
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma mulher tenta arrancar a arma de um militar durante o confronto com militares na Coreia do Sul, nesta terça-feira (3). O Exército foi ao Parlamento após o presidente Yoon Suk Yeol aplicar a lei marcial no país. Horas depois, ele disse que suspenderia o decreto após os parlamentares aprovarem a revogação da medida.
O que aconteceu
O momento foi transmitido por uma emissora local. "Vocês não têm vergonha?", diz a mulher em direção aos soldados.
Ela foi identificada como Ann Gwi Ryeong. Atualmente, a mulher é presidente do Partido Democrata da Coreia no distrito de Dobong, em Seul, mas ela também já atuou como jornalista, segundo o site Koreaboo.
O perfil de Ryeong nas redes sociais foi inundado de elogios após a repercussão do vídeo. "Vou me lembrar da sua coragem. Estou feliz que você esteja segura", escreveu um usuário. "Eu fiquei tremendo só de ver o vídeo. Imagino o quanto você deve ter ficado assustada, mas foi muito legal ver que você tem coragem!!!", disse outro.
NUNCA CALARÂO UMA MULHER!! Esta é a corajosa âncora de notícias que se tornou política, Sra. Ahn Gwi-ryeong. Mais cedo, postamos um vídeo em que ela enfrentava um militar, segurando o rifle de um soldado e exigindo saber se ele não tinha vergonha de marchar sobre civis enquanto? pic.twitter.com/mZieZSAEmb
-- INFO BABYMONSTER BRASIL (@InfoBabyMonster) December 3, 2024
Lei suspensa
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou que suspenderia a lei marcial após a Assembleia Nacional aprovar a revogação da medida. Segundo o jornal The Korea Herald, 172 parlamentares de oposição e 18 membros da base do governo votaram a favor da revogação.
No comunicado, Yeol reforçou o pedido para que a oposição não dê prosseguimento aos pedidos de impeachment. "Peço à Assembleia Nacional que cesse imediatamente as repetidas tentativas de impeachment, manipulação legislativa e abuso orçamentário que paralisaram as funções do Estado", afirmou o presidente.
A lei marcial é uma medida adotada em cenários de guerra. O presidente usou a justificativa de um esforço para proteger o país de ameaças impostas por "forças comunistas" e eliminar elementos "antiestatais" no território sul-coreano.
A medida altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares. As principais consequências da lei marcial são a suspensão de parte ou de todas as liberdades fundamentais dos cidadãos que moram na área afetada.
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