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Bolsonaro autoriza Forças Armadas na Amazônia para combate a incêndios

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

23/08/2019 18h12Atualizada em 23/08/2019 21h57

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou hoje à tarde decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para ajudar no combate a incêndios na Amazônia. Na prática, a ação autoriza o envio de militares das Forças Armadas para ajudar no que for necessário para minimizar queimadas nos estados da Amazônia Legal.

Somente Roraima e Rondônia pediram ajuda federal no combate aos incêndios até a última atualização desta reportagem, segundo o Planalto. O presidente se reuniu com o governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), hoje. Segundo o instituto de pesquisa Imazon, as áreas florestais degradadas em RR correspondem a 11% da área desmatada neste ano na região. Rondônia teve 18%. O Pará é o mais atingido, com 44% das queimadas.

"Autoriza o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem e para ações subsidiárias nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal na hipótese de requerimento do governador do respectivo estado", diz o decreto.

Segundo Denarium, o pedido foi feito a Bolsonaro no encontro. Ainda não há previsão, porém, de quantos militares serão enviados, nem quando. Pelo decreto, o emprego das Forças Armadas pode ser até 24 de setembro e prevê ainda ações "preventivas e repressivas contra delitos ambientais".

O documento foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje.

De acordo com um assessor da Presidência, outros estados que têm a floresta amazônica já concordaram com o emprego das Forças Armadas, mas não formalizaram o pedido. A expectativa é que sejam protocolados na terça-feira (27), quando Bolsonaro receberá outros governadores da região.

Denarium explicou que bombeiros e policiais do estado auxiliarão no combate aos incêndios. Ele afirmou que as queimadas neste ano em Roraima não são as maiores já enfrentadas, mas decidiu requisitar a GLO preventivamente.

"Existe um consenso de que precisamos fazer uma parceria, esse acordo de cooperação com o governo federal. Todos estão dispostos a aderir", falou o governador de Roraima.

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