Bolsonaro promove reunião ministerial para reverter crise da Amazônia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) promove reunião ministerial agora à tarde no Palácio do Planalto para tentar reverter a crise envolvendo a Amazônia. A situação se agravou após declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, dizer que "nossa casa está queimando".
Macron colocou o tema como prioritário em reunião do G7 - que reúne os presidentes de EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão -, a ser realizado neste fim de semana, em Biarritz (França). A medida teve suporte dos líderes do Reino Unido, Alemanha e Canadá.
Os incêndios agora também viraram motivo para que França e Irlanda ameacem votar contra o acordo Mercosul e União Europeia, fechado este ano após mais de duas décadas de negociações. A Amazônia está entre os principais assuntos nas redes sociais desde quarta-feira (21), mas o governo federal sofreu uma escalada na quantidade de críticas ontem.
O Planalto agora corre para definir ações contra as queimadas na Amazônia e tentar reverter a imagem do Brasil, especialmente no exterior. A avaliação de parte do governo é que é preciso tomar atitudes práticas e maneirar no tom dos contra-ataques.
A previsão é que Bolsonaro faça pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para anunciar medidas de combate a incêndios na Amazônia e criticar a exploração ilegal da área.
Segundo a agenda oficial do presidente, estarão presentes os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Jorge de Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência), além de José Vicente Santini, secretário-executivo da Casa Civil.
Uma das possibilidades é a decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) por Bolsonaro. Originalmente, a GLO é destinada a situações graves de perturbação da ordem social. No entanto, essa foi uma opção encontrada na legislação para que o governo utilize a logística das Forças Armadas de forma rápida.
A intenção é que as Forças Armadas ajudem no combate aos incêndios por meio do suprimento de aviões, caminhões-pipa, navios para o transporte de soldados e recursos materiais para montar a infraestrutura necessária à ação.
Embora tenham conhecimento do terreno e histórico de atuação na Amazônia, os militares não são preparados para esse combate ao fogo, trabalho usualmente feito pelo Corpo de Bombeiros. Portanto, a previsão é que atuem mais na logística e no planejamento.
Questionado hoje de manhã, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, preferiu não comentar o assunto. No mesmo evento, Bolsonaro não falou com a imprensa e os jornalistas foram proibidos de tentar falar com o presidente enquanto este visitava exposição de veículos militares.
Ontem à noite, após reunião com ministros no Planalto, Bolsonaro determinou que ministros tomem medidas necessárias ao levantamento e combate a incêndios na Amazônia. O Planalto ainda conta com a ajuda de governadores, mas sem resultados práticos até o momento.
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