Estudo: Incêndios na Austrália mataram ou deslocaram 2,8 bilhões de animais
Mais de 2,8 bilhões de animais nativos da Austrália, como coalas e cangurus, foram mortos ou deslocados durante os incêndios florestais que atingiram o país entre setembro de 2019 e março deste ano. Os dados são da WWF (Fundo Mundial da Vida Selvagem para a Natureza).
O número final de atingidos é cerca de três vezes maior que a estimativa original de 1,25 bilhão, feita antes que os incêndios fossem totalmente extintos. A grande maioria dos afetados é de répteis, dos quais quase 2,5 bilhões foram prejudicados, além de 180 milhões de aves, 143 milhões de mamíferos e 51 milhões de sapos.
De acordo com o WWF, a principal razão pela qual o número estimado de baixas de animais subiu é que os pesquisadores agora avaliaram toda a região afetada da Austrália, em vez de se concentrarem nos estados mais impactados.
Os incêndios mataram 34 pessoas e destruíram três mil casas destruídas em uma área de 37 milhões de acres, ou cerca da metade do tamanho do Reino Unido, foi atingida no sudeste da Austrália.
Ainda que os cientistas não possam dizer ao certo quantos animais morreram, o professor Chris Dickman, da Universidade de Sydney, afirma que as perspectivas de vida dos animais que escaparam das chamas "provavelmente não são tão grandes" por causa da falta de comida e abrigo ou por serem forçadas a habitarem áreas já ocupadas.
"As conclusões provisórias são chocantes. É difícil pensar em outro evento em qualquer lugar do mundo na memória viva que matou ou deslocou tantos animais. Esse é um dos piores desastres da vida selvagem da história moderna, diz em nota Dermot O'Gorman, diretor executivo da WWF-Austrália.
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