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Incêndios no Pantanal: Senadores criam comissão e viajam no sábado para MT

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

16/09/2020 18h12Atualizada em 16/09/2020 18h42

Senadores de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul decidiram criar hoje (16) uma comissão para acompanhar as queimadas no Pantanal, que se agravaram desde o mês passado. O bioma está inserido nesses estados e receberá a visita dos senadores no próximo sábado (19) e na semana que vem, quando os parlamentar vão para Corumbá (MS).

A região do Pantanal enfrenta a maior queimada dos últimos seis anos, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Hoje, a destruição chegou a quase 3 milhões de hectares (o equivalente à área da Bélgica).

O governo Jair Bolsonaro (sem partido), que diz enfrentar dificuldades financeiras para combater o fogo, liberou ontem R$ 3,8 milhões para ações emergenciais no local.

Logo após a oficialização da comissão, os senadores aprovaram um requerimento para visitar as regiões atingidas pelo fogo. O objetivo é levantar mais informações e medir os impactos da destruição para propor soluções.

"O assunto urge. Nós temos que ter pressa para poder agir de forma pronta e principalmente que daqui possam sair não só as soluções de urgência, como também propor para o futuro ações preventivas", disse o relator da comissão, Nelson Trad (PSD-MS).

A comissão é composta também pelo presidente do colegiado, Wellington Fagundes (PL-MS), Simone Tebet (MDB-MS) e Soraya Thronicke (PSL-MS). O ato de instalação foi feito virtualmente.

A senadora Simone Tebet condenou as queimadas ilegais e disse que a comissão vai atuar in loco para minimzar os impactos do fogo e propor soluções.

"Essa comissão vai entregar para o país uma solução para que no ano que vem possamos estar neste mesmo momento comemorando a vida que pulsa no Pantanal. O homem pantaneiro e o meio ambiente preservado", disse Tebet.

Hoje, em Brasília, responsáveis pelo tema ambiental se reuniram com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). Participaram do encontro Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Eles discutiram uma carta enviada por oito nações europeias com críticas ao desmatamento e ao desenvolvimento sustentável nas cadeias de produção alimentar.