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Líder da oposição na Câmara diz que reforçará pedido de CPI contra Salles

Do UOL, em São Paulo

19/05/2021 10h29Atualizada em 19/05/2021 10h46

O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que a operação de hoje da Polícia Federal que tem como um dos alvos o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, reforça a necessidade de instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as ações da pasta.

"Essa operação de hoje da Polícia Federal só reforça a necessidade de se instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados com o objetivo de investigar a gestão de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente", afirmou Molon.

Segundo o deputado, a oposição vai reforçar a coleta de assinaturas para instalar a CPI, e a expectativa é alcançar o número necessário ainda hoje.

Desde que assumiu a pasta, diversas denúncias de atos ilícitos envolvendo o ministro ou seus subordinados se acumulam e já passou da hora de investigar essas denúncias
Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara

Inter

A operação da PF, batizada de Akuanduba, foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Ele determinou mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais de Salles em São Paulo, no endereço funcional em Brasília e no gabinete que ele montou no Pará.

Moraes também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Salles e de servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por determinação de Moraes. Além dele, outros nove agentes públicos também foram afastados de "cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente".

O ministro do STF ainda ordenou a suspensão de um despacho do Ibama, que, na prática, libera a exportação de madeira nativa sem fiscalização.

No total, a PF cumpre 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e do Pará. Em nota, a PGR (Procuradoria Geral da República) disse ter visto uma possível violação na operação que tem Salles como alvo.