Governo afasta investigados em operação contra exportação ilegal de madeira
O governo federal oficializou hoje o afastamento de sete investigados na operação Akuanduba, deflagrada pela Polícia Federal em 19 de maio, que investiga exportação ilegal de madeira.
O afastamento dos servidores foi publicado em duas portarias no Diário Oficial da União, assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que também é investigado pela operação.
Os agentes, que atuavam no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e no Ministério do Meio Ambiente, foram afastados de suas funções por 90 dias a partir de 19 de maio.
Foram afastados:
- Eduardo Fortunato Bim, presidente do Ibama
- Olivaldi Alves Borges Azevedo, secretário adjunto da Secretaria de Biodiverside do Ibama
- Leopoldo Penteado Butkiewcz, assessor especial de Salles
- Olímpio Ferreira Magalhães, diretor de proteção ambiental do Ibama
- João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, diretor de uso sustentável e da biodiversidade e florestas do Ibama
- Rafael Freire de Macedo, coordenador-geral de monitoramento do uso da biodiversidade e comércio exterior do Ibama
- Wagner Tadeu Matiota, superintendente de apurações de infrações ambientais do Ibama.
Operação Akuanduba
A operação da PF apura crimes contra a administração pública praticados por empresários do ramo madeireiro e agentes públicos. No dia 19 de maio, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços do ministro Ricardo Salles em São Paulo, Brasília e no gabinete que ele montou no Pará.
Também foi determinada a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro e dos servidores do Ibama.
A Procuradoria Geral da República enviou ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de abertura de inquérito para investigar Salles. O ministro, por sua vez, pediu para que seja ouvido a respeito das investigações.
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