Desmatamento na Amazônia no ano é o maior desde 2016
A área desmatada na Amazônia nos cinco primeiros meses do ano é a maior para o período desde 2016, quando começou a série histórica da plataforma Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo os dados, o desmatamento já atingiu uma área de 2.867 quilômetros quadrados de janeiro a maio.
Somente em maio deste ano, a área desmatada foi de 900 quilômetros quadrados. O valor é menor que o registrado no mesmo mês de 2021, quando 1.390 quilômetros quadrados foram desmatados. Apesar da queda, o acumulado de janeiro a maio é recorde no desmatamento da Amazônia.
Acumulado de janeiro a maio no desmatamento da Amazônia:
- 2016: 1.492 km²
- 2017: 724 km²
- 2018: 1.725 km²
- 2019: 1.512 km²
- 2020: 2.038 km²
- 2021: 2.543 km²
- 2022: 2.867 km²
Considerando somente 2022, abril foi o mês que registrou a maior área desmatada. Foram 1.026 quilômetros quadrados desmatados, um salto de 77% na comparação com abril do anterior, quando 580 quilômetros quadrados de floresta foram destruídos.
Números contradizem Bolsonaro
Os números do Inpe vão na contramão do que diz o presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou ontem, na Cúpula das Américas, que o Brasil tem reforçado o combate ao desmatamento.
A Amazônia voltou ao noticiário internacional após o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips na região. O sumiço completa uma semana amanhã.
Em sua fala, Bolsonaro disse também que o Brasil é pioneiro na transição energética, com recordes de energia eólica e solar em 2021.
"Nesse momento, em que países desenvolvidos recorrem a combustíveis fósseis, o Brasil assume papel fundamental como fornecedor de energia totalmente limpa rumo a uma nova economia neutra em emissões", disse o presidente brasileiro.
Bolsonaro afirmou ainda que o país é uma "potência agrícola sustentável" e que não necessita da região amazônica para expandir o setor de agronegócio. "Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países".
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