Pênis explosivo e perda de cabeça: bichos morrem de forma trágica no sexo
As coisas não são fáceis na natureza selvagem, mas para alguns bichos o caso é literalmente de vida ou morte. O mundo animal está repleto de histórias de animais que morrem durante o sexo, após o ato e, em alguns casos, praticam a necrofilia.
A aranha-viúva negra é conhecida por matar seu parceiro após a cópula, mas sua fama é injusta.
Acontece que o membro sexual do macho pode ser rompido, pois a fêmea solta-se dele rapidamente após o acasalamento. Com isso, ele sofre uma hemorragia que pode matá-lo. A fêmea, então, aproveita para comer o parceiro morto em sua teia para repor as energias.
O destino do zangão não é muito diferente. Após fecundar a abelha rainha, seu pênis explode (!) e ele morre. Já a aranha-caranguejeira e a aranha-vespa matam os parceiros para alimentar os futuros filhotes.
Certos marsupiais comedores de insetos fazem esforços tão extremos durante o sexo que morrem logo após o ato. É uma questão de sobrevivência: as fêmeas têm um curtíssimo período fértil, apenas uma vez por ano, e os machos precisam aproveitar essa "janela".
Eles se reproduzem durante 12 ou 14 horas seguidas com o maior número possível de fêmeas, o que esgota seus músculos e tecidos, levando-os à morte.
Parasitismo sexual
O feioso peixe anglerfish macho tem uma relação estranha com a fêmea de sua espécie.
Bem menor que a parceira, ele é atraído por ela. Ao morder sua barriga, ele pratica um tipo de acasalamento que os biólogos chamam de "parasitismo sexual": em troca do sangue da fêmea, ele fornece a ela seu estoque de espermatozoides. Quando eles acabam, a morte os separa —literalmente.
A fêmea do louva-a-Deus é conhecida por comer a cabeça do companheiro após o ato sexual, mas isso não é tão comum: acontece apenas quando as fêmeas estão com fome e não têm comida por perto. Difícil para o macho é saber se a companheira almoçou antes do sexo.
Já as moscas-de-fruta sofrem de um problema inverso: na ausência de sexo, morrem mais cedo e ficam doentes.
Mais bizarro uma espécie de sapo da Amazônia que acasala com fêmeas mortas acidentalmente por afogamento durante o ato, em uma estratégia para evitar a perda dos óvulos e preservar a espécie.
Após provocar a morte da fêmea por seu peso, o macho necrófilo mantém o abraço sobre sua companheira inclusive durante horas, à espera de que ela libere os óvulos na água para fecundá-los.
Fonte: Diana Fisher, cientista da Universidade de Queensland
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