Nadar com polvo não é brincadeira e pode ser mortal
Nadar com polvos, como fez o influenciador digital Luca Toso, 23, enquanto mergulhava nas águas de Penha, no litoral de Santa Catarina, é perigoso tanto para a saúde quanto para a segurança do animal e do ser humano.
É o que afirma Edris Queiroz, médico veterinário e biólogo marinho pela USP, além de diretor do IBIMM (Instituto de Biologia Marinha). Ao UOL, ele explica que existem dezenas de espécies diferentes de polvos e lulas no litoral brasileiro, mas a maioria delas vive em recifes de corais ou escondidas entre rochas na busca por alimentos.
O especialista ressalta que a maioria das espécies dos polvos do litoral brasileiro é inofensiva aos seres humanos, e só ataca se for "molestada ou como meio de defesa". No entanto, também existem as espécies altamente tóxicas, cuja mordida pode levar à morte.
Como as pessoas não sabem identificar qual a espécie, é melhor nunca manusear este tipo de animal.
Edris Queiroz, médico veterinário e biólogo marinho pela USP e diretor do IBIMM (Instituto de Biologia Marinha)
- Polvos têm na boca uma estrutura denominada bico córneo, cuja mordida é parecida com a bicada de uma arara. Além de machucar, ela pode provocar cortes e infecções bacterianas.
- Se for um polvo grande, por exemplo, a pressão dos tentáculos sobre partes do corpo como pescoço e tórax pode até paralisar a pessoa, causando óbito por afogamento.
- Existe também o risco das ventosas deles provocarem irritações e alguns tipos de queimadura na pele.
Queiroz ainda afirma que é necessário ter muito cuidado em caso de necessidade de manusear um polvo, visto que o movimento de puxar pode feri-lo.
O melhor é manter a calma e tentar sair da água, o animal tende a se soltar da pessoa fora da água e voltar para seu habitat. Se tiver água doce, você pode também jogar em cima para ele sair.
Edris Queiroz
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