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PF faz buscas em Angra 1 para apurar vazamento de água contaminada no mar

Usinas Angra 2 (à esquerda) e Angra 1 (à direita); os reatores, onde a energia nuclear é gerada, ficam dentro das estruturas brancas - Eletronuclear
Usinas Angra 2 (à esquerda) e Angra 1 (à direita); os reatores, onde a energia nuclear é gerada, ficam dentro das estruturas brancas Imagem: Eletronuclear

Do UOL, em São Paulo

11/05/2023 13h47Atualizada em 11/05/2023 14h03

A Polícia Federal cumpriu na manhã de hoje mandado de busca e apreensão na usina de Angra 1, em Angra dos Reis, para investigar um vazamento de material radioativo no mar.

O que aconteceu:

A PF abriu dois inquéritos para apurar possível crime ambiental e omissão dos servidores. O vazamento aconteceu em 16 de setembro.

A Eletronuclear, braço de energia nuclear da Eletrobras, demorou quatro meses para admitir ao Ibama o despejo de substâncias radioativas da usina nuclear Angra 1 no mar.

Aproximadamente 90 litros de material radioativo foram parar no mar. O MPF também avalia que a empresa tentou esconder incidente.

Ainda não se sabe se o acidente pode causar danos ao ambiente e à população.

O que diz a Eletronuclear

A Eletronuclear disse que analisou amostras da água do mar, que não apontaram atividade radiológica significativa.

Para se ter ideia, o valor verificado foi bem menor do que o recebido por um indivíduo submetido a uma radiografia de tórax e cerca de 1.000 vezes menor que a exposição anual proveniente da radiação natural.

A diretoria executiva da Eletronuclear, empossada após os acontecimentos, ressalta que abriu processo interno para apurar se houve alguma falha nas comunicações e está tomando as providências para que, daqui para frente, todos os eventos sejam divulgados com ampla transparência e publicidade.