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Toffoli diz ter sido consultado por Bolsonaro sobre indicação de general

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

13/11/2018 12h05Atualizada em 13/11/2018 14h46

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, afirmou ter sido consultado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre a indicação do general Fernando Azevedo e Silva para o Ministério da Defesa.

Azevedo e Silva, general da reserva do Exército, é atualmente assessor da presidência do STF.

"Hoje pela manhã, fui consultado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro sobre a indicação de Fernando Azevedo e Silva e prontamente disse que seria uma excelente escolha", disse Toffoli.

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"No período em que está no Supremo Tribunal Federal, o general conquistou a todos, ministros e servidores, e está sendo um grande colaborador nos temas envolvendo políticas de segurança. Desejo sucesso ao General Fernando na sua nova missão", afirmou o ministro, em nota divulgada por sua assessoria de imprensa.

O presidente do STF também elogiou a carreira do general e citou sua experiência como credencial para assumir o cargo.

"Certamente sua larga experiência contribuirá para o fortalecimento da atuação das Forças Armadas, da segurança e da defesa no Brasil.
Seu perfil técnico, sua dedicação ao serviço público e sua visão republicana são aspectos fundamentais para a nova missão na administração pública federal", disse.

"O compromisso do general Fernando Azevedo e Silva com o país pode ser identificado na larga experiência durante os 45 anos de serviços dedicados à carreira militar e também nos três Poderes da República", afirmou Toffoli.

Mais tarde, o presidente eleito disse que a escolha de Azevedo e Silva não foi uma sugestão de Toffoli. "Ouço muito o general Heleno para bater o martelo nestas questões aí”, declarou.

O general foi nomeado para o cargo em 27 de setembro, duas semanas após Toffoli assumir a presidência do STF.

Azevedo e Silva deverá suceder no cargo o também general da reserva do Exército Joaquim Silva e Luna, primeiro militar a comandar a pasta desde sua criação, em 1999.

O futuro ministro tem um extenso currículo dentro das Forças Armadas, incluindo os cargos de chefe do Estado-Maior do Exército e Comandante Militar do Leste, além de ter sido o chefe da Autoridade Pública Olímpica dos Jogos Rio 2016.

Ao Ministério da Defesa, compete instituir políticas ligadas à defesa e à segurança do país e dirigir as três Forças Armadas --Exército, Marinha e Aeronáutica--, que devem ter seus comandos trocados pelo novo governo.