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Neto do ex-presidente Lula morre aos 7 anos por meningite

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Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

01/03/2019 13h04Atualizada em 01/03/2019 18h33

O neto de 7 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva, morreu hoje em decorrência de uma meningite meningocócica. A informação foi confirmada pelo Hospital Bartira, do grupo D'Or, em Santo André (Grande São Paulo). Arthur deu entrada no hospital às 7h20 e teve a morte registrada às 12h36.

Cerca de uma hora e meia após o falecimento, a defesa do ex-presidente pediu à Justiça Federal do Paraná que ele deixe a Superintendência da PF em Curitiba, onde está preso desde 7 de abril de 2018, para acompanhar o velório e o enterro.

Arthur era filho de Sandro Luis Lula da Silva, filho de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, e de Marlene Araújo Lula da Silva. O menino esteve duas vezes na PF em Curitiba para visitar o avô.

Lula e seu neto, que faleceu hoje em São Paulo - Reprodução - Reprodução
Lula ao lado do neto Arthur (à direita)
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A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana que provoca inflamação entre as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça forte e náuseas.

No Twitter, a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, diz que fará "de tudo" para que o ex-presidente possa acompanhar o velório e enterro do neto.

"Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo pra q vc possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste", disse Gleisi.

Segundo o artigo 120 da Lei de Execução Penal, presos podem deixar a cadeia em caso de morte de "cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".

Em janeiro, após a morte de um de seus irmãos, Lula teve o pedido para acompanhar o velório e o enterro negado pela juíza responsável pela execução penal do caso, Carolina Lebbos. Após acionar o STF, o presidente da corte, Dias Toffoli, autorizou a saída de Lula poucos minutos do enterro, em São Paulo. Sem tempo hábil, Lula permaneceu em Curitiba.

Lula está preso na Superintendência da PF em Curitiba desde o dia 7 de abril. Ele foi condenado, no ano passado, em segundo instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex. Este ano, o petista recebeu a segunda condenação, no caso do sítio de Atibaia em primeira instância. A defesa alega inocência e diz que o ex-presidente sofre perseguição política.

Repercussão

Em mensagem publicada nas redes sociais, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP) lamentou a morte. "Que Deus ampare a família Lula da Silva", afirmou. 

Também nas redes sociais, Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que instâncias da Justiça "têm a obrigação de liberar imediatamente a ida de Lula para velar o corpo do neto. Não se pode admitir que repitam a canalhice do caso Vavá."

Relembre: Após disputa na Justiça, Lula desistiu de ir a enterro do irmão

Band News
Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado neste texto, Gleisi Hoffmann (PT-PR) é atualmente deputada federal. O texto foi corrigido.