Não temos problema com China e ela precisa muito mais de nós, diz Bolsonaro
Depois de uma semana tensa com representantes da China após publicações de deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é seu filho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que as relações com os chineses seguem normais.
Porém, o presidente disse que o país asiático precisa muito mais do Brasil do que o inverso, fazendo referência à importação de produtos brasileiros.
"Não tem problema nenhum com a China. Nós precisamos da China e a China precisa muito mais de nós. Eles tem 1,4 bilhão para alimentar, tem se tornado mais urbana que rural, compram muitas commodities. O chinês está consumindo cada vez mais proteína e todo mundo quer o bem do seu povo e nós queremos do nosso", disse Bolsonaro após votar nas eleições municipais, no Rio de Janeiro.
Na noite de segunda-feira (29), Eduardo Bolsonaro fez uma postagem no Twitter na qual comemorava a suposta adesão do Brasil à iniciativa Redes Limpas - na verdade o governo brasileiro não aderiu oficialmente, apenas manifestou apoio - e disse que o Brasil se aliaria aos Estados Unidos para criar uma rede 5G "sem espionagem da China". No dia seguinte apagou a postagem.
Depois de manifestar seu desagrado ao Itamaraty, a embaixada da China em Brasília publicou nas redes sociais uma carta e uma sequência de 17 publicações em resposta a Eduardo em que classifica a postagem do filho do presidente como "inaceitável" e lembrava que outras autoridades brasileiras têm produzido declarações "infames" contra o país. A carta finalizava ainda que essas posições poderiam ter "consequências negativas" para a relação entre os dois países.
Posteriormente o vice-presidente Hamilton Mourão e o Itamaraty criticaram a reação chinesa.
Com informações da agência Reuters
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