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#TBT: Lula posta vídeo em que pergunta a Moro se juiz seria imparcial

Lula, ao prestar depoimento em Curitiba (PR) - Reprodução
Lula, ao prestar depoimento em Curitiba (PR) Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/02/2021 17h21

Após novos diálogos revelados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou vídeo nas redes sociais na qual relembra o dia em que perguntou ao então juiz Sérgio Moro se ele seria imparcial em seu julgamento. O vídeo foi publicado por Lula com a hashtag #TBT, que significa throwback thursday, que pode ser traduzido do inglês para quinta-feira do retorno ou regresso.

"Eu vou chegar em casa, amanhã, e vou almoçar com oito netos e uma bisneta de seis meses. Eu posso olhar nacara dos meus filhos e dizer que eu vim a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?", questionou Lula, em depoimento à Justiça, em 2017. "Primeiro, não cabe ao senhor fazer tipo de pergunta a mim", respondeu Moro, na ocasião.

Na legenda do vídeo, o perfil oficial do ex-presidente escreveu, em tom de ironia: "#TBT de 2017, quando Lula perguntou a Sérgio Moro se seria julgado por um juiz imparcial. O tempo é o senhor da razão."

A publicação do vídeo ocorre poucos dias em que novos diálogos entre procuradores e Moro foram revelados com a decisão do ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski de levantar o sigilo de um documento com 50 páginas de conversas. As mensagens dizem respeito ao processo pelo qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e preso em 2018.

As mensagens reúnem trechos de conversas em que Deltan elogia um pedido de prisão decretado por Moro - "ficou ótima a decisão", diz Dallagnol ao então juiz - e um episódio em que o ex-ministro de Bolsonaro diz ao então chefe da Lava Jato de Curitiba que havia recebido um contato de uma pessoa que estaria "disposta" a prestar informações contra um dos filhos de Lula.

Assim como já havia feito quando parte das conversas começou a ser publicada pelo site The Intercept Brasil, em 2019, Moro voltou a afirmar que não pode reconhecer que as mensagens são suas porque não tem registro guardado delas.

"Não reconheço a autenticidade das referidas mensagens, pois como já afirmei anteriormente não guardo mensagens de anos atrás", afirmou o também ex-ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em nota.