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Omar Aziz marca para agosto depoimento do dono da Precisa

Do UOL, em São Paulo

14/07/2021 12h01Atualizada em 14/07/2021 15h31

O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, será ouvido pela CPI da Covid apenas em agosto, após o recesso parlamentar, confirmou hoje o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

"Quero comunicar que nós ouviremos hoje a senhora Emanuela [Medrades, diretora executiva da Precisa] e marcaremos para agosto a vinda do senhor Maximiano. Não há como ouvirmos as duas pessoas hoje até porque o número de inscritos é muito grande", disse Aziz. "Amanhã será o Cristiano".

O empresário Cristiano Alberto Carvalho é representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil e desmentiu o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti à CPI, dizendo que ele queria "aparecer".

Depoimento de Maximiano

Na mira da CPI da Covid desde meados de junho, o empresário Francisco Emerson Maximiano atraiu suspeitas tanto pelo negócio investigado, o contrato de R$ 1,6 bilhão fechado entre o governo federal e a Precisa Medicamentos para compra da vacina Covaxin, quanto por outros que aparecem no histórico do empresário.

A Precisa e outra empresa de Maximiano, a Global Gestão em Saúde, são alvos de investigações ligadas não apenas ao Ministério da Saúde, mas também ao governo do Distrito Federal, à Petrobras e aos Correios. Os sócios dele em ambas as companhias também estão na mira dos senadores.

Antes de ser remarcado hoje, o depoimento do empresário foi adiado duas vezes. A primeira a pedido da defesa dele, que havia acabado de retornar da Índia e precisava cumprir uma quarentena obrigatória antes de comparecer à audiência presencial. Já o segundo adiamento foi determinado pelos próprios senadores, depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) conceder a Maximiano o direito ao silêncio.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.