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Dono de pizzaria de NY desconhecia Bolsonaro e relata gorjeta de US$ 5

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comitiva comem pizza na calçada em Nova York - Reprodução/Twitter
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comitiva comem pizza na calçada em Nova York Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em Brasília

25/09/2021 15h14Atualizada em 26/09/2021 13h09

O dono da pizzaria em que Jair Bolsonaro (sem partido) e comitiva comeram pizza na calçada em Nova York, Aktar Zaman, afirmou que, ao receber a visita do mandatário, não sabia se tratar do presidente do Brasil. Ele também relatou ter recebido gorjeta de US$ 5, equivalente a cerca de R$ 26. O relato foi dado ao perfil "Labor New York", que produz e divulga matérias sobre emprego e economia em Nova York no Medium.

Na noite do último domingo (19), Bolsonaro comeu pizza na calçada ao lado de ministros e outros integrantes do governo federal durante viagem a Nova York para a abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Bolsonaro e a maior parte da comitiva já voltaram ao Brasil. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ficou em Nova York de quarentena após ter sido diagnosticado com covid-19.

Foto do lanche foi compartilhada nas redes sociais pelo ministro do Turismo, Gilson Machado.

A pizzaria, Slice, é pequena e não tem espaço para abrigar toda a comitiva, contou Zaman, segundo o jornal. Não há nem mesmo cadeiras dentro do local, apenas um pequeno balcão para molhos e coberturas extras, afirma a reportagem. Já do lado de fora há três pequenas mesas altas.

De toda forma, mesmo que quisesse, Bolsonaro não poderia ter comido dentro da pizzaria por não ter se vacinado ainda contra a covid-19, conforme alega.

Em agosto, Nova York deu início à medida batizada de "Key to NYC Pass" (Chave para o passe de Nova York, em tradução livre do inglês), na qual passou a ser exigida certificação de vacinação contra covid-19 para entrar em locais públicos fechados como restaurantes, museus e academias.

Zaman afirmou que não sabia quem Bolsonaro era e só soube se tratar do presidente do Brasil no dia seguinte, quando brasileiros passaram a aparecer na pizzaria perguntando se era ali que Bolsonaro tinha lanchado.

A pizzaria de Nova York em que Bolsonaro e comitiva comeram na calçada - Divulgação - Divulgação
A pizzaria de Nova York em que Bolsonaro e comitiva comeram na calçada
Imagem: Divulgação

O dono da Silce disse não pedir a certificação de consumidores, porque a maioria come do lado de fora do estabelecimento. No entanto, há placas perto da porta e do caixa que pedem que as pessoas cubram o nariz e a boca, aponta o "Labor New York".

O funcionário que serviu Bolsonaro, Litun Holeder, falou em hindi —idioma da Índia— que um assessor pessoal inicialmente pediu duas pizzas, uma de queijo e outra de pepperoni, de acordo com o jornal. Depois, pediram mais três. Uma pizza inteira na Slice varia entre US$ 14.99 e US$ 23.99, aponta o site da pizzaria. Ao todo, a comitiva brasileira deu uma gorjeta de US$ 5 pelas cinco pizzas, relatou, também segundo o jornal.

O dono do local, Aktar Zaman, afirmou ainda não se preocupar com o fato de Queiroga estar infectado com o novo coronavírus —o ministro estava no grupo que foi à pizzaria— e ressaltou que todos da pizzaria estão vacinados, consta no texto.

Ele ainda disse que a propaganda involuntária tem sido boa para os negócios. Mais pessoas têm parado no local para perguntar sobre a visita de Bolsonaro.

A pizzaria não foi o único local em que Bolsonaro comeu do lado de fora do restaurante em Nova York. O presidente, ministros e auxiliares comeram em uma espécie de puxadinho com mesas ao ar livre cercadas por panos pretos da churrascaria brasileira Fogo de Chão. Dessa forma, puderam comer sem ter que cumprir a exigência de estarem vacinados. À Folha de S.Paulo, o diretor da Fogo de Chão, Paulo Antunes, negou que o puxadinho tenha sido um privilégio para Bolsonaro e equipe.

O filho do presidente e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou ontem que foi diagnosticado com covid-19. Ele também estava em Nova York. Antes, um diplomata brasileiro a trabalho na cidade já havia sido infectado com o novo coronavírus.