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Janaina diz que Bolsonaro tenta destruí-la, mas que deve votar nele

Janaina Paschoal, deputada estadual em São Paulo - Fernando Moraes/UOL
Janaina Paschoal, deputada estadual em São Paulo Imagem: Fernando Moraes/UOL

Do UOL, em São Paulo

10/08/2022 19h57

Candidata ao Senado por São Paulo pelo PRTB, Janaína Paschoal afirmou que "não tem dúvida" de que Jair Bolsonaro (PL) está tentando destruí-la e atrapalhar sua candidatura, mas que deve votar no presidente, que é candidato à reeleição.

"Bolsonaro está, na verdade, agindo para eu não chegar ao Senado. Ele prefere dar a cadeira para a esquerda do que permitir que uma pessoa que não é aduladora chegue ao Senado. Eu não me dobro. Ele quer aduladores no Senado", afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Questionada se votaria em Bolsonaro, afirmou que "provavelmente vou votar nele porque não voto na esquerda". Mas negou que vá fazer campanha para o presidente ou subir em palanque.

Ao jornal, Janaina também afirmou que que não vai assinar a carta pela democracia encabeçada pela Faculdade de Direito da USP porque o documento se transformou em um "manifesto pró-Lula".

"Não assinei e não assinarei. Mas não diminuo o movimento", afirmou ela, dizendo que conhece muitas pessoas que apoiam Bolsonaro e que também assinaram o documento.

A deputada também acusou outros senadores e candidatos de fazerem acordos - seja com dinheiro bancando campanha ou acordos políticos - que resultam em suplentes assumindo o cargo. E atacou o candidato do PSB ao Senado, Márcio França.

"Diferentemente dos demais candidatos ao Senado ao longo da história, eu não vou fazer acordo de me afastar do cargo para o suplente assumir", explicou ela, falando sobre seus suplentes, que são seus irmãos.

"Esse é o caso do Márcio França. O Lula ofereceu um ministério para ele. Se a esquerda ganhar o nosso senador será o Juliano Medeiros, presidente do PSOL".

Paschoal criticou o Poder Judiciário e defendeu estado laico

Janaina Paschoal também afirmou que, se eleita, vai limitar o que chamou de "agigantamento dos outros poderes", apontando o Judiciário, principalmente o STF, como exemplo.

"Não vemos São Paulo representado com altivez no Senado para limitar o agigantamento dos outros poderes. Hoje há um agigantamento do Poder Judiciário", disse.

Ela também falou sobre a relação entre política e religião.

"Tenho preocupação com excesso do envolvimento da política com uma única religião. O estado laico, que não significa estado ateu, fomenta a existência e a convivência de todas as religiões. Atenta contra a ideia constitucional de estado laico haver um estado com uma única religião", apontou.