Kennedy: Com atos democráticos, sociedade mostra que Bolsonaro fracassará
As declarações dos candidatos à Presidência sobre os atos em defesa à democracia endossaram a característica suprapartidária dos movimentos, avaliou o colunista Kennedy Alencar, durante participação no UOL News.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) foram alguns dos presidenciáveis que apoiaram os atos de 11 de agosto. "É muito bom que todos eles tenham adotado um tom cuidadoso. Ninguém quis capitanear e fazer disso um evento partidário para si mesmo", disse o jornalista. "Estão mostrando para o Bolsonaro que a sociedade brasileira não aceita autoritarismo. Ele é um candidato a ditador que vai fracassar."
A carta em defesa da democracia organizada por juristas foi lida no começo da tarde de hoje em evento organizado pela Faculdade de Direito da USP, conhecida como São Francisco, na região central de São Paulo.
Mais cedo, no mesmo prédio da faculdade, foi lido o documento feito pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também em defesa da democracia. Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o ato.
"É ruim que, em 2022, a gente tenha que fazer essa luta de defesa à democracia", disse Kennedy.
"Mas é uma luta importante que tem que ser feita pela imprensa. Só a democracia vai nos permitir discutir as outras questões e resolver os problemas sociais graves do Brasil. Sem democracia, vamos agravá-los."
"Quando formos fazer a análise dessas eleições, o 11 de agosto de 2022 vai ser lembrado como um dia importante, quando o Brasil disse 'ditadura nunca mais'. É muito importante essa demonstração da sociedade civil", acrescentou.
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