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MPF manda PF ouvir cúpula da PRF sobre atuação no 2º turno das eleições

O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, durante entrevista coletiva sobre a Operação Eleições 2022 no segundo turno. - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, durante entrevista coletiva sobre a Operação Eleições 2022 no segundo turno. Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

11/11/2022 15h49Atualizada em 11/11/2022 15h49

O MPF (Ministério Público Federal) pediu que a Polícia Federal ouça a cúpula da Polícia Rodoviária Federal sobre a atuação do órgão no 2º turno das eleições deste ano, após diversos relatos de blitz em ônibus com eleitores. A informação foi divulgada pela GloboNews e confirmada pela assessoria da MPF ao UOL.

Com isso, a PF terá de colher os depoimentos do diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, e de outros cinco diretores. São eles: Djairlon Moura (Operações), Luís Carlos Reischak Júnior (Inteligência), Wendel Benevides Matos (Corregedor-geral e de Controle Interno), Marcos Pereira (Gestão de Pessoas) e Wilmen Silva Vieira (Administração e Logística)

Ontem, a PF determinou a abertura de inquérito para que Vasques, seja investigado por prevaricação. A investigação tem como objetivo averiguar a conduta de Vasques em relação a atuação da PRF no dia do segundo turno, quando a corporação apertou o cerco e realizou diversas blitze contra o transporte público de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva (PL) teve ampla margem de votos sobre Jair Bolsonaro (PL).

Atuação em atos golpistas. O inquérito também terá como foco o trabalho da PRF contra os bloqueios e interdições de rodovias promovidos por bolsonaristas após o resultado das urnas.

Há uma semana, o UOL apurou que a Polícia Federal já possui mais de um inquérito para investigar a organização de bloqueios antidemocráticos nas rodovias. Os militantes de Bolsonaro (PL) afirmam nos protestos não reconhecer a vitória de Lula nas urnas e pedem uma "intervenção federal".

Hoje, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou que as forças policiais desobstruam as vias federais e estaduais que ainda estão interditadas por caminhões em protestos antidemocráticos.

Com a decisão, Moraes amplia para nível nacional as punições autorizadas em parecer emitido em 31 de outubro, quando solicitou o desbloqueio das rodovias, o que inclui a aplicação de multa no valor de R$ 100 mil por hora aos proprietários desses veículos.