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Jornal: Lula recebe relatório que mostra redução de acampamentos golpistas

Lula reuniu seus ministros no quinto dia de governo e recebeu relatório da Defesa sobre acampamentos golpistas - Ricardo Stuckert
Lula reuniu seus ministros no quinto dia de governo e recebeu relatório da Defesa sobre acampamentos golpistas Imagem: Ricardo Stuckert

Do UOL, em São Paulo

07/01/2023 11h53

O documento que mostra desmobilização de acampamentos bolsonaristas no entorno de quartéis foi apresentado ontem ao presidente pelo ministro da Defesa, José Múcio, durante a primeira reunião ministerial. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O relatório aponta:

  • que o número de pessoas aglomeradas na porta de quartéis caiu de 43 mil para cerca de 5.000 em um intervalo de praticamente um mês --entre a primeira semana de dezembro e a última quinta-feira (5);
  • a concentração maior ocorre em São Paulo, com 500 pessoas;
  • Em Brasília, há cerca de 200 pessoas em frente o Quartel-General do Exército;
  • Também há um foco em Mato Grosso do Sul.

Conforme o jornal, Lula não fez comentários sobre o documento apresentado durante a reunião.

Reportagem do UOL mostrou que militares desmontaram barracas que ficavam nas áreas adjacentes ao acampamento golpista em Brasília. Um sargento disse que restam cerca de cem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na frente do QG do Exército.

Na segunda-feira (2), depois de tomar posse, Múcio já havia dito acreditar que os acampamentos devem se "esvair", classificou os atos como "manifestação da democracia" e contou que tem amigos e parentes que participaram do movimento.

As declarações causaram desconforto em integrantes do grupo Prerrogativas, coletivo de juristas que apoia Lula, como mostrou a colunista do UOL Juliana Dal Piva.

Múcio e o ministro da Justiça, Flávio Dino, têm visões divergentes sobre como lidar com os acampamentos, que pedem intervenção das Forças Armadas, o que é inconstitucional.

Enquanto o titular da Defesa defende criar uma saída "pactuada", Dino preferia adotar ações mais enérgicas —hoje, ele declarou que a PF e a PRF tomarão novas providências em relação aos atos golpistas.

Apesar das desmobilizações, grupos seguem tentando dar sobrevida ao movimento de apoio a Bolsonaro, com casos de agressão registrados. Ontem, em São Paulo, uma mulher foi agredida por um bolsonarista ao tentar defender uma idosa que carregava na calçada uma bandeira de Lula.

Já em Belo Horizonte, jornalistas foram agredidos durante desmonte de acampamento golpista.