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Ibaneis presta depoimento a PF e nega conivência com atos golpistas

Governador Ibaneis Rocha foi afastado do cargo - Renato Alves/ Agência Brasília
Governador Ibaneis Rocha foi afastado do cargo Imagem: Renato Alves/ Agência Brasília

Do UOL, em São Paulo

13/01/2023 16h36

A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse hoje que ele respondeu a todas as perguntas durante o depoimento à Polícia Federal, negou conivência e teria revelado surpresa com a falta de agentes no dia da invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O depoimento de Ibaneis na sede da Polícia Federal, nesta sexta-feira, durou cerca de três horas.

O que a defesa diz

  • Que o governador afastado compareceu espontaneamente à Superintendência da Polícia Federal;
  • Que ele respondeu a todas as perguntas;
  • Que não teve conivência com o vandalismo dos atos golpistas;
  • Mas revelou surpresa com a falta de policiais em número suficiente no dia da invasão

Além de ter respondido a todas as indagações que lhe foram formuladas pela autoridade, teve a oportunidade de rechaçar definitivamente qualquer ideia de que tivesse alguma conivência com o vandalismo antidemocrático verificado no domingo. Sabia da experiência e treinamento da PM DF e foi uma verdadeira surpresa a inexistência de efetivos em número suficiente para conter os vândalos e, pior, que alguns PMs se confraternizaram com os manifestantes."
Defesa de Ibaneis Rocha, em nota enviada ao UOL

Omissão no dia do ato. Ibaneis foi afastado do cargo por um período inicial de 90 dias após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que viu omissão do emedebista nos ataques em Brasília.

Moraes também determinou, hoje, a abertura de um inquérito sobre a conduta de Ibaneis e do ex-secretário da Segurança Pública do DF Anderson Torres nos atos golpistas.

No último domingo, os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF foram invadidos e depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado da eleição.

A decisão do ministro do STF atendeu a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e abrange, ainda, Fernando de Sousa Oliveira, secretário-executivo de Segurança Pública do DF, e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF, preso por determinação de Moraes.

*Com informações do Estadão Conteúdo