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Não há nada que possa me ligar aos golpistas, diz Ibaneis após ação da PF

Thiago Bomfim

Do UOL, em São Paulo

20/01/2023 20h05Atualizada em 20/01/2023 20h12

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que a operação de busca e apreensão realizada hoje em sua casa vai mostrar sua "completa inocência em relação aos lamentáveis fatos do último dia 8 de janeiro".

Não há nada que possa me ligar aos golpistas que atacaram os três Poderes. Eu sempre me comportei de modo a colaborar com as investigações e mantenho a mesma postura. Cheguei a fazer um depoimento espontâneo à Polícia Federal, mostrando que não há o que temer."
Ibaneis Rocha

Além disso, declarou, em sua página no Twitter, que mantém a fé no sistema Judiciário e que tem "certeza de que tudo restará esclarecido".

"Estou afastado do Distrito Federal exatamente para que o trabalho dos policiais e da Justiça transcorra sem qualquer óbice, sempre à disposição para novos esclarecimentos", finalizou Ibaneis.

Operação

Hoje, a PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Ibaneis e na casa do ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Souza Oliveira.

Agentes chegaram à casa de Ibaneis por volta das 14h30 e deixaram o local às 16h30.

As medidas foram autorizadas por Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), a partir de pedidos da PGR (Procuradoria-Geral da República).

A PF afirmou que as ações de hoje buscaram "provas para instruir o inquérito instaurado" sobre os atos golpistas que resultaram na depredação da Praça dos Três Poderes no dia 8.

Sob investigação. Na sexta-feira passada, Moraes abriu inquérito para apurar a conduta de Ibaneis e de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, durante os atos golpistas do dia 8.

Em depoimento à PF, também na sexta passada, Ibaneis falou que a responsabilidade de garantir a segurança na capital federal era integralmente da Secretaria de Segurança, ocupada por Torres —que foi exonerado do cargo após os atos.

Ibaneis foi afastado do cargo de governador por 90 dias do governo do Distrito Federal por determinação do STF, que considerou que ele não agiu para conter os atos de violência.