Estado deve 'garantir a sobrevivência da indústria nacional', diz Lula
O presidente Lula (PT) afirmou que "cabe ao Estado garantir a sobrevivência da indústria nacional". A declaração foi feita em uma visita a uma fábrica de ônibus elétricos em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
O que disse Lula
O presidente citou a competitividade no setor elétrico frente aos desafios climáticos e econômicos, e disse que é necessário "apostar em uma empresa brasileira". "Quando as pessoas começam a dizer que o Estado não vale nada, cabe ao Estado brasileiro garantir a sobrevivência da indústria brasileira para que a gente possa um dia ser competitivo com o mundo exterior."
Ele também falou sobre um possível acordo Mercosul-União Europeia como um exemplo de parcimônia frente aos riscos à indústria. "Os europeus querem que o Brasil abra as portas para compras governamentais e a gente não vai fazer isso se não aceitarem as condições do Brasil."
O petista ainda afirmou que prefere "fazer negócio com os brasileiros" mesmo quando há boas relações comerciais com outros países. "Adoro que o Brasil participe do comércio mundial. Os chineses são nossos maiores parceiros, mas prefiro fazer negócio com os brasileiros para fortalecer a indústria nacional."
Lula visitou UFABC e citou embates no Congresso
O presidente participou da inauguração de um novo prédio na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista — seu reduto eleitoral, onde foi sindicalista. A UFABC foi criada no primeiro mandato de Lula.
No discurso, falou sobre a crise com o Congresso, disse que o governo correu risco e pediu o reconhecimento do "esforço para governar". Ontem, a MP dos Ministérios, sobre a estrutura do governo, foi aprovada no limite do tempo.
Ontem, a gente corria o risco de não ter aprovado o sistema de organização do governo que fizemos, e daí você não tem que procurar amigo, você tem que conversar com quem não gosta da gente, com quem não votou na gente.
Críticas e negociação
A visita de Lula ao ABC ocorre após dias difíceis para o governo. Além do desentendimento com o Congresso Nacional, o presidente foi criticado pela indicação de seu advogado Cristiano Zanin para a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
No início da semana, Lula recebeu líderes de países da América do Sul e defendeu a integração entre as nações. Antes, porém, encontrou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Brasília — e foi duramente criticado por dizer que há uma "narrativa" contra o país venezuelano. Maduro não visitava o Brasil desde 2015.
Antes do evento, no auditório, estudantes ergueram cartazes pediram isonomia entre os servidores do Executivo, a revogação do Novo Ensino Médio e a "saída" do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Também protestaram contra o arcabouço fiscal, proposta de uma nova regra fiscal para equilibrar as contas públicas.
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