Caso Marielle: Esposa de Lessa muda versão, e ex-PM perde álibi, diz TV
Elaine Lessa, esposa de Ronnie Lessa, mudou o depoimento sobre a noite das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. As informações são do Jornal Nacional, da Rede Globo.
O que aconteceu:
Em novo depoimento, Elaine disse que Ronnie e o amigo Élcio de Queiroz, ambos ex-PMs, não estavam em casa em 14 de março de 2018, dia dos assassinatos de Marielle e Anderson. A declaração foi feita há dois meses à Polícia Federal. Na versão inicial dos ex-PMs, eles disseram que estavam juntos e depois seguiram para um bar ver um jogo de futebol.
Ela contou que voltou com o filho à noite para casa, onde não tinha mais ninguém. Ronnie, segundo ela, voltou para a residência já perto do amanhecer, pouco antes de ela levantar para deixar o filho na escola.
Teria sido apenas após ser confrontado com as novas informações dadas por Elaine, que Élcio de Queiroz teria concordado em fazer uma delação premiada. Ele também apontou ter visto um "acréscimo grande de patrimônio" por parte de Lessa.
Os dois ex-PMs, presos desde 2019, são acusados de assassinar Marielle e Anderson. Na versão de Élcio, ele traçou uma rota de fuga do crime considerando a possibilidade de realização de operações policiais na região.
Avanço no caso Marielle
A Polícia Federal avançou na prisão e investigação dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após delação de Élcio de Queiroz.
Preso desde 2019, Élcio confessou participação no crime e apontou Ronnie como o autor dos disparos, disse o ministro Flávio Dino. Ontem, a PF deteve o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e hoje ele foi transferido para custódia federal, em Brasília.
Além de Suel, a polícia também cumpriu sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Os demais nomes ainda não foram informados.
Os investigadores também descobriram provas mostrando o envolvimento de mais pessoas no planejamento do crime. A colunista do UOL Juliana Dal Piva apurou que os investigadores descobriram que Maxwell participou de campanas para o planejamento do assassinato da vereadora.
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