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Caso das joias amplia lista de militares investigados; saiba quem são

A investigação da PF sobre desvio de joias presenteadas ao Brasil durante o governo Bolsonaro aumentou a lista de militares próximos ao ex-presidente indiciados ou investigados pela suspeita de ter cometido crimes entre 2019 e 2022. Saiba quem são:

Investigações sobre joias

General da reserva do Exército Mauro Cesar Lourena Cid. Lourena Cid foi colega de Bolsonaro na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). É pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid. Segundo investigação da PF, o general Lourena Cid participou das negociações das joias nos Estados Unidos e emprestou uma conta bancária no exterior para receber os valores das vendas.

Coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid. É um dos homens mais próximos do ex-presidente. Está preso desde maio, suspeito de participar de esquema de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19. É peça chave na investigação das joias. Teria atuado em diversas fases do esquema: a saída das joias do Brasil, as tratativas para venda e leilão e a posterior recompra de um dos kits de joias para devolução ao Brasil por ordem do TCU (Tribunal de Contas da União).

Tenente do Exército Osmar Crivelatti. Ex-ajudante de ordens e atualmente assessor de Bolsonaro, também é apontado como envolvido no esquema de venda de joias.

Almirante de Esquadra da Marinha Bento Albuquerque. Ex-ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro, Bento Albuquerque é investigado por tentar retirar um conjunto de colar e brincos avaliados em mais de R$ 5 milhões que foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. As joias entraram no Brasil em uma mochila de um assessor de Bento Albuquerque.

Investigação sobre fraude em cartões de vacina

Ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros. Expulso do Exército em 2006, Ailton Barros é investigado pela participação em um esquema de inserção de dados falsos de vacinas contra a covid-19.

Segundo-sargento do Exército Luis Marcos dos Reis. Antigo supervisor a Ajudância de Ordens da Presidência da República, foi preso em maio na operação que investiga a fraude em cartões de vacinas. Ele participou dos atos golpistas de 8 de janeiro.

CPI da Covid

General do Exército Eduardo Pazuello. Ex-ministro da Saúde e atual deputado federal pelo PL, Pazuello foi investigado pela CPI da Covid, do Senado. Os crimes apontados pela CPI foram emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime, crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos.

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Coronel do Exército Antônio Élcio Franco Filho. Ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Filho foi indiciado pela CPI da Covid por disseminação de comunicações enganosas, atos de improbidade administrativa e de corrupção, enriquecimento ilícito de agente privado e desperdício de dinheiro público no esquema de compra das vacinas Covaxin.

Sargento reformado da Aeronáutica Roberto Ferreira Dias. Ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, foi indiciado pela CPI da Covid por corrupção passiva, organização criminosa e improbidade administrativa.

Ex-capitão do Exército Wagner de Campos Rosário. Ex-ministro-chefe da Controladoria Geral da União no governo Bolsonaro, foi indiciado pela CPI da Covid por prevacariação.

Tenente-coronel da reserva no Exército Marcelo Blanco da Costa. Ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, foi indiciado pela CPI da Covid por corrupção ativa na negociação das vacinas Covaxin.

Tenente-coronel da reserva do Exército Helcio Bruno de Almeida. Presidente do Instituto Força Brasil, foi indiciado pela CPI da Covid por incitação ao crime.

General do Exército Walter Souza Braga Netto. Ex-ministro da Defesa, foi indiciado pela CPI da Covid por epidemia com resultado morte.

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Tenente-coronel reformado do Exército Heitor Freire de Abreu. Ex-subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil e ex-coordenador Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19, também foi indiciado pela CPI da Covid por epidemia com resultado morte.

Coronel da reserva do Exército Marcelo Bento Pires. Ex-assessor da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, foi indiciado pela CPI da Covid por crime de advocacia administrativa — patrocínio de interesse privado na administração pública valendo-se do cargo ocupado.

Tenente-coronel do Exército Alex Lial Marinho. Ex-Coordenador de logística do Ministério da Saúde, foi indiciado pela CPI da Covid por crime de advocacia administrativa.

Investigação sobre milícias digitais e informações falsas

Coronel da reserva do Exército Eduardo Gomes da Silva. Ex-assessor do ex-ministro da Secretaria Geral, Luiz Eduardo Ramos. É investigado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por participar de uma live em que Jair Bolsonaro apontou que havia fraudes nas urnas eletrônicas.

Primeiro sargento da Marinha Ronaldo Ribeiro Travassos. Militar lotado no GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), Travassos é investigado por participação em atos antidemocráticos contra a derrota de Bolsonaro nas eleições.

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