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Marina: Vamos para a COP não para sermos 'subservientes', mas para cobrar

A ministra Marina Silva, da pasta de Meio Ambiente e Mudanças no Clima, afirmou que o Brasil vai para a COP 28 para cobrar financiamento, e não ser "subserviente" aos demais países.

O que aconteceu

Marina ressaltou que o presidente Lula (PT) planeja apresentar uma proposta de compensação pela floresta em pé. A ministra citou dados de queda no desmatamento na Amazônia em 2023 como justificativa. A COP-28 começa na próxima quinta-feira (30), em Dubai, nos Emirados Árabes.

Estamos indo para a COP não para ser cobrados, ou ser subservientes, é para altivamente cobrarmos que medidas sejam tomadas. É isso que o Brasil tem feito.
Marina Silva

A ministra depôs hoje na CPI das ONGs, criada pela oposição para questionar a aplicação de recursos públicos transferidos a organizações.

Na sessão, Marina defendeu organizações que receberam recursos do Fundo Amazônia e já tiveram seus orçamentos auditados. "Os recursos do Fundo Amazônia são usados de forma transparente e podem ser auditados não só pelo acompanhamento do banco (BNDES), mas pelo Ministério Público, pela CGU, por entidades autônomas que estão a pedir auditorias, exatamente porque ele precisa ser transparente", disse.

A solidez do Fundo e o papel do Brasil em preservar a floresta dão legitimidade para cobranças de Lula na conferência global, argumentou Marina.

O que Lula deve propor na Conferência

Ao UOL Entrevista na última semana, Marina disse que ainda não pode revelar como a compensação vai funcionar, mas o projeto deve mirar em serviços ecossistêmicos —ou seja, como a própria floresta consegue aliviar impactos das mudanças climáticas apenas pelos seus processos naturais.

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A ministra espera que já esteja em funcionamento na COP-30, que acontece em Belém do Pará em 2025.

Financiamento estaria disponível para entes públicos e privados. Ou seja, prefeituras, governos e proprietários de terras com floresta, segundo Marina. "A ideia é compensar aqueles que valorizarem a floresta, compensar financeiramente", disse.

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