Conteúdo publicado há 9 meses

Reinaldo: Moraes autoriza afastamento de delegado da PF que atuou na Abin

O colunista do UOL Reinaldo Azevedo apurou durante o programa Olha Aqui! que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou o afastamento do delegado da Polícia Federal, Carlos Afonso Gonçalves, que atuou na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A PGR pediu e Alexandre de Moraes concedeu o afastamento do delegado da Polícia Federal, Carlos Afonso Gonçalves, que ocupava função na Abin. Ele tinha voltado para a Polícia Federal e ocupava, como deixa claro a PGR, uma função que poderia criar obstáculos à investigação. Reinaldo Azevedo

A PF encontrou durante busca e apreensão na Abin um relatório detalhando uma ação de inteligência que buscava encontrar vínculos entre ministros do STF e a facção criminosa PCC. Outros políticos também foram monitorados e, segundo a PGR, o atual cargo de Carlos Afonso Gonçalves na Polícia Federal poderia dificultar o andamento das investigações.

Há provas contundentes de que Carlos Afonso Gonçalves estava lotado na Abin quando houve o monitoramento do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o ministro Gilmar Mendes, o ministro Alexandre de Moraes, o então governador do Ceará, Camilo Santana, e mais quatro deputados federais. Reinaldo Azevedo

O monitoramento tinha o objetivo de tentar produzir provas que favorecessem Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas, e Renan Bolsonaro, que teve envolvimento com um empresário que tinha negócios com o governo federal. Além do afastamento de Gonçalves, a PGR também fez um pedido de cooperação com outros órgãos para investigações.

Outra decisão, também à pedido da PGR, o Ministério Público não vê obstáculos para que se conceda a autorização para a requerida cooperação interinstitucional com a CGU em investigações e inquéritos que envolvem, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Reinaldo Azevedo

Por fim, o colunista do UOL destacou que há dois dias Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática dizendo que "coisas duras viriam pela frente", mas afirmou que a Polícia Federal não será intimidada.

Essa gente pode chiar e reclamar à vontade e prometer retaliação, mas não vai adiantar e não vão conseguir intimidar a Polícia Federal e não vão conseguir intimidar o Supremo. Reinaldo Azevedo

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