As crises sanitária e econômica causadas pela pandemia do novo coronavírus desembocaram nesta semana numa crise de governabilidade sem precedentes na gestão de Jair Bolsonaro (sem partido). Em oito dias, o governo perdeu dois nomes de peso para sua sustentação: o popular ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o ex-juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro.
Outro superministro da gestão, Paulo Guedes perdeu espaço para a ala militar no plano que se fia em obras públicas para combater o desemprego. Some-se a isso o risco de perder apoio mesmo dos militares, que consideraram "gravíssimas" as acusações de Moro sobre tentativas de interferência política na Polícia Federal.
Enquanto isso, o presidente se associou a atos que pediam o fechamento do Congresso e aproximou-se de figuras como Roberto Jefferson (PTB) e Valdemar Costa Neto (PL), que têm no currículo o envolvimento com escândalos.
Mais rápido que a crise política, avançava Brasil afora a pandemia de covid-19, que já levou ao colapso o sistema público de saúde em diversos estados e, no mesmo período, saltou de 30.425 casos oficiais para 52.995 contaminações, uma evolução que surpreendeu Nelson Teich, novo ministro da Saúde.
A seguir, o UOL lista os principais acontecimentos da conturbada semana dia a dia, acompanhados da evolução de casos e mortes causadas pelo coronavírus.