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Férias de abril nas escolas de SP serão canceladas, diz secretário

Fernando Moraes/Folhapress
Imagem: Fernando Moraes/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 07h59Atualizada em 16/03/2020 08h37

O Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou hoje que o recesso das escolas públicas estaduais programado para abril será cancelado devido à paralisação na rede de ensino que começa na próxima segunda-feira (23) para tentar conter o avanço do novo coronavírus.

Caso a suspensão das aulas se estenda por mais de uma semana, há a possibilidade de que as férias de julho e de outubro também sejam comprometidas, segundo o secretário.

"Não vai existir recesso de abril e se tiver mais paralisação também será suspenso o de julho. Não vamos abrir mão de cumprir ano letivo", declarou Soares em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo.

A partir deste ano, as férias do mês de julho nas escolas estaduais foram quebradas em três períodos: 15 dias em julho, uma semana em abril e mais uma semana em outubro.

A suspensão nas redes estadual e municipais começa na semana que vem, mas os alunos que ficarem em casa a partir de hoje terão as faltas abonadas.

"Nós buscamos dar tempo para que as famílias se organizem. Não precisar ir a aula [essa semana], não haverá conteúdo novo. Quem já tem como resolver, não precisa ir. Quem precisa se organizar, as escolas estão abertas", afirmou o secretário.

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Governo estuda bancar internet de estudantes

Soares também disse que o governo estadual estuda bancar a internet de alunos da rede pública para que eles possam assistir a aulas ao vivo pelo celular.

Segundo o secretário, o governo já tem um aplicativo pronto para isso, mas está em conversas com as empresas de telefonia para definir como o estado pagaria o custo da internet. Ele afirmou que espera chegar a uma solução sobre o assunto em até duas semanas.

"Se o aluno tiver celular, poderá assistir aula com a gente bancado a internet ou com ajuda da iniciativa privada, ainda estamos estudando isso", declarou.

O secretário disse ainda que a internet seria grátis apenas para o uso do aplicativo e que ele não consome o plano de dados do usuário. Também já há um grupo de professores preparados para dar aulas para alunos de todas as séries.