SP inicia fase mais restritiva e vê colapso, mas mantém missas e jogos

O estado de São Paulo entra, a partir de sábado, na fase mais restritiva do plano de contingência contra a covid-19. Com apenas serviços essenciais liberados, como mercados, farmácias e cerimônias religiosas, o governador João Doria (PSDB) declarou que "não existe outra alternativa que não o isolamento".
O próprio governo paulista projeta um colapso no sistema de saúde até 15 de março caso nenhuma medida seja adotada para frear o coronavírus.
Escolas da rede estadual permanecerão abertas para alunos que necessitarem de alimentação e suporte, desde que respeitado o limite de 35% de ocupação. Unidades de ensino municipais e particulares também podem manter o funcionamento, desde que sigam as mesmas regras.
O anúncio do retorno à fase vermelha ocorre no mesmo dia em que veículos estrangeiros repercutiram análises que classificam o Brasil como "ameaça global".
O dia também ficou marcado por novo recorde de óbitos registrados no país em 24 horas: 1.840 mortes, segundo levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais.
Trata-se da curva de mortes mais acelerada entre países com mais óbitos por covid-19 no mundo.
Colapso na saúde aumenta restrições
Além de São Paulo, o Maranhão também anunciou medidas restritivas para frear o avanço da covid-19. A procura por leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) levou Pernambuco a suspender cirurgias eletivas, e Santa Catarina a transferir pacientes para o Espírito Santo.
Em Porto Alegre, o Hospital Moinhos de Vento, da rede privada, precisou instalar em seu estacionamento um contêiner refrigerado para armazenar corpos de vítimas da covid-19.
Diante do cenário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a "imprensa criou o pânico" sobre a doença e que o país é o que mais vacina.
Embora seja a sexta nação com maior quantidade de doses aplicadas, o Brasil é o 40º na lista de países com maior proporção de vacinados —indicador que leva em consideração a imunização de acordo com o tamanho da população.
O presidente declarou ter um "projeto pronto" para lidar com a pandemia, embora não tenha divulgado detalhes e tenha cancelado, mais uma vez, pronunciamento à população em cadeia nacional de rádio e TV.
Após recusar, mais de uma vez, ofertas da vacina da Pfizer, o governo sinalizou que firmará acordo para adquirir o imunizante da farmacêutica. Vacinas da Janssen, do grupo Johnson & Johnson, também entraram no radar.
* Com informações de agências
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