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Brasil recebe 1º lote de vacinas da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos

13.jan.22 - Avião da Latam chega ao Aeroporto de Viracopos com lote de 1,2 milhão de doses infantis da vacina da Pfizer - Reprodução/TV Globo
13.jan.22 - Avião da Latam chega ao Aeroporto de Viracopos com lote de 1,2 milhão de doses infantis da vacina da Pfizer Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo*

13/01/2022 06h37Atualizada em 13/01/2022 07h54

O primeiro lote de vacinas infantis da Pfizer chegou hoje ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 4h45. Foram entregues 1,2 milhão de doses, que serão distribuídas aos estados e ao Distrito Federal até amanhã, segundo o Ministério da Saúde. (veja abaixo).

Segundo a pasta, o Brasil receberá em janeiro 4,3 milhões de doses de vacina para crianças entre 5 e 11 anos. Em fevereiro, a previsão é de mais 7,2 milhões e, em março, 8,4 milhões.

Até o fim do primeiro trimestre, o Brasil deve receber quase 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer. Para completar a vacinação infantil, de duas doses, o país precisará de pouco mais de 40 milhões de doses.

A pasta diz ter encomendado quantidade suficiente para imunizar o público-alvo. Crianças mais velhas serão vacinadas primeiro, com prioridade para aquelas que tenham comorbidades ou deficiências permanentes.

Apesar de ter sido liberada pela Anvisa em 16 de dezembro, a entrada da vacina infantil da Pfizer na campanha coordenada pelo governo federal, porém, só foi confirmada em 5 de janeiro —na contramão ciência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a vacinação infantil.

O Ministério da Saúde também anunciou que o intervalo entre doses será de oito semanas —a bula da vacina pediátrica da Pfizer recomenda apenas três semanas. Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que o intervalo mais longo é "arriscado".

A distribuição será feita na seguinte proporção:

Região Centro-Oeste (8,17%)

  • Distrito Federal - 1,30%
  • Goiás - 3,55%
  • Mato Grosso do Sul - 1,47%
  • Mato Grosso - 1,85%

Região Sudeste (39,18%)

  • Espírito Santo - 1,93%
  • Minas Gerais - 9,02%
  • Rio de Janeiro - 7,49%
  • São Paulo - 20,73%

Região Sul (13,17%)

  • Paraná - 5,25%
  • Rio Grande do Sul - 4,73%
  • Santa Catarina - 3,19%

Região Nordeste (28,43%)

  • Alagoas - 1,77%
  • Bahia - 7,07%
  • Ceará - 4,42%
  • Maranhão - 4,02%
  • Paraíba - 1,89%
  • Pernambuco - 4,80%
  • Piauí - 1,62%
  • Rio Grande do Norte - 1,67%
  • Sergipe - 1,17%

Região Norte (11,05%)

  • Acre - 0,57%
  • Amazonas - 2,77%
  • Amapá - 0,55%
  • Pará - 4,99%
  • Rondônia - 0,93%
  • Roraima - 0,38%
  • Tocantins - 0,86%

Brasil vai 'liderar' vacinação de crianças; Bolsonaro é contra

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na manhã de segunda-feira (11) que o Brasil vai liderar a vacinação infantil contra covid-19 no mundo assim que os imunizantes da Pfizer chegassem ao país.

O discurso está na contramão do que foi dito em dezembro por Queiroga, que desencorajou a vacinação do grupo, dizendo que o patamar de mortes na faixa etária dos 5 aos 11 anos não implicava em decisões emergenciais. Para o ministro, não havia "pressa" para vacinar crianças contra a covid-19.

Inicialmente, o Ministério da Saúde propôs a exigência de prescrição médica para crianças receberem a imunização, mas recuou. Depois, realizou uma consulta pública para que a sociedade opinasse sobre a vacinação infantil —mesmo com o aval da Anvisa.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é crítico frequente da vacinação infantil. Ele já ameaçou divulgar o nome de técnicos da Anvisa responsáveis por aprovar o uso do imunizante infantil e também disse que a atitude da Anvisa é "inacreditável".

Na semana passada, em entrevista a uma emissora de TV, Bolsonaro voltou a criticar a agência. Segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o tom do presidente é alarmista e sem fundamentação científica.

*Com Agência Brasil