Mubarak é absolvido da acusação de cumplicidade na morte de manifestantes
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AP
O ex-ditador do Egito, Hosni Mubarak, comparece a julgamento no Cairo
Um tribunal egípcio retirou neste sábado (29) a acusação contra o ex-ditador Hosni Mubarak por cumplicidade na morte de centenas de manifestantes durante a revolta de 2011.
A Corte também absolveu Mubarak de várias acusações de corrupção, incluindo a de participação em uma operação de venda de gás natural a Israel com valor abaixo do preço de mercado.
O ex-ditador, de 86 anos, permanecerá detido para cumprir uma pena de três anos por outro caso de corrupção.
Após o anúncio do veredicto, os réus não conseguiram esconder a alegria no tribunal. Os dois filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, também julgados, o beijaram no rosto, enquanto o ex-presidente se limitava a exibir um sorriso discreto.
As acusações contra os filhos foram retiradas por prescrição do delito.
Durante o processo pela morte dos manifestantes, sete ex-dirigentes das forças de segurança, incluindo o ex-ministro do Interior Habib al-Adly, foram declarados inocentes pelo juiz Mahmud Kamel al-Rashidi.
Mais de 840 pessoas morreram nos 18 dias da revolta popular de 2011 contra o regime de Mubarak, durante a qual os manifestantes exibiram a renúncia do ex-presidente. A brutalidade policial e os abusos das forças de segurança estavam entre as causas dos protestos.