Conteúdo publicado há 20 dias

Howard, a 'Harvard negra', onde Kamala Harris passará a noite da eleição

Kamala Harris assistirá à noite da eleição de terça-feira (5) no campus da Howard University, onde ela estudou.

Apelidada de "Harvard negra" ("Black Harvard"), a instituição ocupa uma posição central na biografia de vida da vice-presidente. Graduada nesta universidade em 1986, Kamala retorna ao campus em um momento chave.

"A Universidade de Howard é um ponto muito importante na minha vida", afirmou Kamala como candidata presidencial nas primárias democratas de 2019. E "foi lá que concorri ao meu primeiro cargo eletivo" como representante do conselho estudantil, contou ela.

"Aqui começou tudo"

Sua presença na noite de terça-feira e na madrugada de quarta-feira tem um grande simbolismo.

Howard foi fundada pelo Congresso dos Estados Unidos em 1867, dois anos depois da Guerra Civil que pôs fim à escravidão na maioria dos estados do sul, onde continuava sendo legal.

A universidade foi batizada com o nome de Oliver Howard, conhecido como "general cristão", que promoveu a educação superior para as pessoas escravizadas libertas.

Howard construiu sua reputação como uma das melhores instituições entre as quase 100 conhecidas como "colégios e universidades historicamente negros" por atrair principalmente estudantes das comunidade negras e de minorias.

Em meados de agosto, Kamala se preparou no gramado da universidade, apelidado de "The Yard", para seu longo debate contra o rival republicano Donald Trump e disse aos alunos que um dia "vocês poderiam ser candidatos a presidente dos Estados Unidos".

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Entre os graduados mais ilustres de Howard estão a escritora e ganhadora do prêmio Nobel, Toni Morrison, e o defensor dos direitos civis Thurgood Marshall, que se tornou, em 1967, o primeiro juiz negro nomeado para a Suprema Corte.

O exemplo de Marshall, segundo Kamala, a inspirou na escolha desta universidade pra começar seus estudos em direito em 1982.

Neste campus, Kamala fez parte de um clube de debates, um clube de protesto contra o apartheid e foi membro da Alpha Kappa Alpha (AKA), uma das maiores irmandades do país, fundada em 1908.

Embora a irmandade AKA não anuncie seu apoio a nenhum candidato, seus 300 mil membros em todo o país ajudaram Kamala com uma ampla rede de ativistas.

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