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Governo trará brasileiros que queiram sair da China, diz Onyx a rádio

31.out.2019 - O ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil - Eduardo Militão/UOL
31.out.2019 - O ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil Imagem: Eduardo Militão/UOL

Elizabeth Lopes

São Paulo

03/02/2020 11h15

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), confirmou hoje que o governo brasileiro vai trazer de volta de Wuhan, na China, epicentro da epidemia do novo coronavírus, os brasileiros que queiram voltar ao país. "São cerca de 30 a 40 pessoas e devemos iniciar a operação (de retirada dessas pessoas daquele país) amanhã (terça-feira, 4)", disse o ministro, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Segundo o ministro, o governo de Israel já autorizou o pouso do avião com os brasileiros naquele país, até mesmo porque eles possuem áreas de isolamento. A Força Aérea Brasileira (FAB) já está elaborando o plano de voo da aeronave que trará os brasileiros de Wuhan, com escala em Israel, pois não há voo direto em decorrência da distância entre Brasil e China.

Onyx disse que a operação de retirada desses brasileiros está sendo analisada sob vários aspectos, não apenas o da logística, inclusive com a escolha de um local no Brasil para que eles fiquem em isolamento, a fim de não colocar a população do país em risco. Dentre os locais que estão sendo estudados estão Florianópolis (SC), Anápolis (GO) e localidades no Nordeste, mas nada ainda definido.

"Vamos trazer os brasileiros da China, mas não podemos colocar toda a população brasileira sob risco."

Como o Brasil não dispõe de uma lei de quarentena, o ministro disse que o governo vai enviar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória (MP) estabelecendo as regras para os procedimentos de isolamento e medidas a serem adotadas quando surgirem tais epidemias.

O governo fará na manhã de hoje a primeira reunião do grupo de emergência que vai discutir medidas de preparação e de enfrentamento do coronavírus no país, sob coordenação do Ministério da Saúde, com representantes da Casa Civil e dos ministérios da Justiça, Defesa, Agricultura, Desenvolvimento, do Gabinete de Segurança Institucional e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro voltou a falar também da crise que atingiu a sua pasta, com o esvaziamento de algumas funções, e reiterou o que já havia afirmado no final de semana, que está tudo pacificado e que vai continuar à frente do ministério. E voltou a dizer que "não está em busca de poder, mas sim com fome de servir".

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