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Bolsonaro: Ninguém do Centrão pediu ministérios, estatais e bancos oficiais

Presidente disse que manteve sua promessa de campanha de não fazer trocas envolvendo ministérios e partidos -
Presidente disse que manteve sua promessa de campanha de não fazer trocas envolvendo ministérios e partidos

Pedro Caramuru, Gregory Prudenciano e Daniel Galvão

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

15/06/2020 18h26Atualizada em 16/06/2020 12h45

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à TV BandNews, que, apesar da recriação do Ministério das Comunicações, mantém a promessa de campanha de reduzir o número de ministérios e "toma lá dá cá".

"Nós não entregamos e ninguém do dito 'Centrão' me pediu ministério, estatais ou banco oficial. Então, nós estamos mantendo nosso compromisso de campanha. Assim está sendo feito e nós conseguimos nos aproximar desses partidos. Agora estamos sendo acusados de fisiologismo", disse.

Segundo Bolsonaro, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) e genro do apresentador Sílvio Santos, indicado para comandar a pasta, é "amigo particular de muito tempo".

"O Ministério das Comunicações começa não só com orçamento grande como muitas atribuições", disse Bolsonaro.

De acordo com o presidente, há a necessidade de melhorar tanto a comunicação interna do governo como em todo o Brasil.

Dentro da pasta, ficaram subordinadas a Anatel e as estatais Correios, EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e Telebras (Telecomunicações Brasileiras).

Com a recriação, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) foi extinta e as atividades reincorporadas na nova pasta, com o ex-chefe Fábio Wajngarten sendo nomeado como secretário-executivo no novo ministério.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.