Topo

Esse conteúdo é antigo

Kátia Abreu diz que apresentará PL para acabar com desmatamento ilegal até 2025

Na avaliação da parlamentar, o Brasil terá maior facilidade do que os Estados Unidos para cortar em 50% a meta de emissões de gases estufa  - Moreira Mariz/Senado
Na avaliação da parlamentar, o Brasil terá maior facilidade do que os Estados Unidos para cortar em 50% a meta de emissões de gases estufa Imagem: Moreira Mariz/Senado

Eduardo Laguna

São Paulo

22/04/2021 18h32

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) disse nesta quinta-feira que o Brasil tem condições de antecipar facilmente em cinco anos - de 2030 para 2025 - a meta de redução pela metade das emissões de gases de efeito estufa. Também adiantou que vai apresentar projeto de lei para antecipar a 2025 o objetivo, fixado atualmente para 2030, de acabar com o desmatamento ilegal.

"Se fizer isso zerar o desmatamento ilegal, a gente sai da lista dos dez maiores poluidores. Quero que o Brasil saia desse ranking", comentou a senadora, que preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, durante live sobre o papel do Brasil na economia internacional transmitida pela XP Investimentos .

Na avaliação da parlamentar, o Brasil terá maior facilidade do que os Estados Unidos para cortar em 50% a meta de emissões, considerando que a maior economia do mundo, de onde saem cerca de 15% das emissões globais, será obrigada a investir mais e alterar sua matriz energética mais drasticamente do que o Brasil, responsável por 3% das emissões totais.

"Mudar a matriz energética é caríssimo. Estados Unidos vão ter que gastar trilhões de dólares. Para o Brasil, é mais barato", afirmou Kátia Abreu. "Se os Estados Unidos responsáveis por 15% das emissões pedem para alcançar a meta até 2030, como vamos pedir também 2030 para reduzir metade de 3%? Facilmente poderíamos fazer esse compromisso para 2025", acrescentou a senadora.

Ela observou ainda que essa antecipação de meta, mostrando forte compromisso do País com a sustentabilidade, fará com que mais mercados comprem produtos brasileiros, assim como aceleraria um acordo com a União Europeia. "Não estou falando porque quero ser politicamente correta."