Topo

Papa escolheu Anel do Pescador de argento dourado, diz Vaticano

Da Cidade do Vaticano

18/03/2013 10h36

O Anel do Pescador escolhido pelo papa Francisco é de argento dourado, informou nesta segunda-feira o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, em um encontro com jornalistas.

O autor do modelo do anel de pescador é o escultor italiano Enrico Manfrini, morto em 2004, aos 87 anos, em Milão.

Segundo Lombardi, o Pontífice teve de escolher entre três modelos de anel e preferiu o de Manfrini, conhecido na Itália como "o escultor dos Papas".

O anel possui a imagem de São Pedro e o desenho da jóia foi dado por Manfrini ao então secretário do papa Paulo VI (1963-1978), monsenhor Pasquale Macchi.

O Anel do Pescador será entregue ao papa Francisco nesta terça-feira, quando acontece a missa solene de início de Pontificado, em Roma. A celebração contará com a presença de mais de 130 delegações estrangeiras.

A jóia, cujo nome em latim é Anulus Piscatoris, é o símbolo oficial de um Papa e costumava ser usada para selar documentos oficiais do Vaticano. Após a morte ou a renúncia de um Pontífice, o anel é destruído diante de um grupo de cardeais com o objetivo de evitar falsificações de documentos.

 

Perfil do novo papa 

Primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936.

Foi ordenado sacerdote em 13 de setembro de 1969. O jesuíta foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires pelo papa João Paulo 2º em 20 de maio de 1992. No mesmo ano, ele foi confirmado como bispo titular da capital argentina em 27 de junho.

Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres.

O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.

Bergoglio é considerado um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, se opondo firmemente contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos.

Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.

Em seu primeiro discurso, feito logo após o anúncio de seu nome, Francisco 1º agredeceu ao acolhimento da comunidade de Roma e, também lembrou do papa emérito Bento 16, seu antecessor.

Ele bateu outros cardeais considerados favoritos, como o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo Scherer. (*Com agências internacionais)