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ONU alerta para 'risco iminente' de falta de água no mundo

Segundo relatório, água está cada vez mais em risco no mundo por conta do desenvolvimento excessivo e do consumo "abusivo". - REUTERS
Segundo relatório, água está cada vez mais em risco no mundo por conta do desenvolvimento excessivo e do consumo "abusivo". Imagem: REUTERS

Em Nova York, EUA

22/03/2023 11h58

A água está cada vez mais em risco no mundo por conta do desenvolvimento excessivo e do consumo "abusivo" e as crises de escassez devem se tornar mais comuns nos próximos anos, aponta um relatório divulgado pelas Nações Unidas.

"Estamos caminhando cegamente em uma estrada perigosa com o insustentável uso da água, a poluição e o aquecimento climático e que estão drenando o sangue vital da humanidade", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O documento, que foi divulgado pouco antes de um encontro mundial em Nova York para debater o tema, aponta que cerca de dois bilhões de pessoas atualmente não tem acesso à água potável segura enquanto 3,6 bilhões não têm serviços sanitários confiáveis.

"A escassez de água está se tornando endêmica", acrescenta o relatório pontuando que, nos últimos 40 anos, o consumo global aumentou em cerca de 1,1% por ano. E esse ritmo intenso deve seguir, ao menos, até o fim de 2050.

Itália - Com o risco de viver uma nova estiagem, especialmente, na área norte do país, a Itália está tentando tomar medidas para evitar efeitos ainda mais graves do problema.

Nesta quarta-feira, o Ministério das Infraestruturas e Transportes anunciou que o plano, que deve ser assinado por decreto nos próximos dias, incluirá a abertura de novos canteiros de obras, contratação de especialistas no tema, limpeza de bacias hidrográficas e a reutilização de água.

Segundo dados da ONG Legambiente, confirmados depois por outras autoridades nacionais, há uma intensa diminuição na cobertura de neve dos topos alpinos — em cerca de 50% na comparação com a média histórica — e isso vai influenciar na água que segue para os rios da região.

Todos os índices atuais, inclusive, estão piores para a mesma época do ano do que em 2021, o que indica uma situação grave em breve.