Torcedores de time do Cairo incendeiam clube policial após julgamento
Torcedores do time de futebol cairota Al Ahly atacaram e incendiaram neste sábado (9) o Clube de Oficiais da Polícia e a sede da Federação Egípcia de Futebol, em protesto contra a sentença emitida hoje pelo massacre do estádio de Port Said, informaram à Agência Efe fontes da segurança.
Segundo a televisão estatal, milhares de radicais da torcida, conhecida como Ultras Ahlawy, invadiram o Clube da Polícia e atearam fogo em algumas dependências.
Condenação já havia gerado mais mortes em janeiro; relembre
Veja Álbum de fotos Os bombeiros ainda estão tentando controlar o incêndio, segundo a agência estatal "Mena".
Além disso, alguns torcedores invadiram a Federação Egípcia de Futebol, que está localizada próxima à sede do Al Ahly e, após saqueá-la, também incendiaram o local.
Centenas de torcedores da equipe cairota que se dirigiam através das pontes sobre o Nilo rumo ao centro da cidade, onde ficam a praça Tahrir e o Ministério do Interior, deram meia volta e retornam neste momento à sede do clube.
Em fevereiro de 2012, 72 pessoas, a maioria delas torcedores do Al Ahly, morreram no estádio de Port Said em confronto conra a torcida do time local, Al Masry.
Um tribunal penal egípcio condenou neste sábado à prisão perpétua quatro acusados pelo massacre no estádio e confirmou as penas de morte emitidas em janeiro contra outros 21 acusados.
A corte, presidida pelo juiz Sobhi Abdelmeguid, ordenou que os condenados sejam enforcados pelos delitos de "assassinato e tentativa de assassinato" em Port Said.
As penas de morte já haviam sido pronunciadas em 26 de janeiro e enviadas ao mufti - máxima autoridade religiosa do Egito - para que ele emitisse sua sentença, embora ainda restasse a confirmação da Justiça.
Além disso, a corte decretou hoje penas de prisão com prazos de um e 15 anos para o restante dos acusados, ao mesmo tempo em que absolveu outras 28 pessoas.
Entre os condenados a 15 anos de prisão estão duas antigas autoridades policiais de Port Said, enquanto outros sete membros da Polícia foram absolvidos.