Cairo, 1 jul (EFE).- O ex-chefe do Estado-Maior Sami Anan, antigo "número dois" da Junta Militar que governou o Egito após a queda de Hosni Mubarak, renunciou nesta segunda-feira como conselheiro do presidente Mohammed Mursi, informou à Agência Efe uma fonte militar.

Anan, que foi nomeado assessor presidencial por Mursi em agosto depois que este o ordenou se aposentar, anunciou sua renúncia pelas "circunstâncias que o país atravessa".

Sua manifestação acontece pouco depois que as Forças Armadas deram um ultimato de 48 horas a Mursi e as forças políticas para chegar a um acordo que "responda às demandas do povo".

A renúncia de Anan se soma a uma onda de demissões nas últimas horas, entre as quais estão as de cinco ministros do governo do primeiro-ministro, Hisham Qandil.

Além disso, o governador da província de Ismailiya, Hassan Rifai, também apresentou sua renúncia para "preservar o interesse público", disse à Efe seu porta-voz, Ahmed al Yamani.

Yamani explicou que o governador pretende demonstrar assim que é "um soldado fiel à pátria e está disposto a trabalhar em qualquer outro posto".