Identificado passageiro que usava passaporte roubado em voo desaparecido
Agências de inteligência identificaram um dos dois passageiros que embarcaram com um passaporte roubado no avião da Malaysia Arilines que desapareceu com 239 pessoas no sábado passado (8) quando voava de Kuala Lumpur para Pequim, mas não divulgaram sua identidade.
"Posso confirmar que não é malasiano, mas não posso divulgar ainda a que país pertence", disse o inspetor-geral da polícia da Malásia, Tan Sri Khalid Abu Bakar, segundo o jornal local "The Star".
"O homem também não é da província chinesa de Xinjiang", acrescentou ao se referir à região autônoma onde um conflito entre o regime comunista e minorias muçulmanas (os uigures) aumentou nos últimos anos.
Em coletiva nesta segunda em Kuala Lumpur, o chefe do Departamento de Aviação Civil da Malásia afirmou que os dois homens não tinham aparência asiática, mas que pareciam o jogador de futebol italiano Mario Balotelli, que é negro.
Os passaportes, roubados na Tailândia em 2013 e 2012, pertencem ao italiano Luigi Maraldi e ao austríaco Christian Kozel, e nenhum dos dois se encontrava na Malásia no sábado passado.
Agências de inteligência de vários países participam de uma investigação que procura esclarecer o que aconteceu com o avião e quem eram os passageiros com passaporte falsos.
O chefe da Aviação Civil da Malásia disse ainda nesta segunda-feira (10) que não se descarta nenhuma possibilidade, incluída a de um possível sequestro ou ataque terrorista.
"Necessitamos de provas, restos do avião para determinar o que ocorreu", disse.
O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur às 0h41 locais (13h41 de sexta-feira no horário de Brasília) e deveria chegar em Pequim seis horas depois.
As autoridades de aviação civil malaias indicaram que sua última posição no radar antes da perda do sinal foi às 1h30 locais (14h30 de sexta-feira no horário de Brasília).
Ao todo, 239 pessoas estavam no avião, sendo 227 passageiros, incluídos dois menores, e 12 tripulantes.
Um total de 24 aviões e 40 embarcações do Vietnã, China, Cingapura, Estados Unidos, Indonésia, Tailândia, Austrália, Filipinas e Nova Zelândia participam da busca no golfo da Tailândia, mas, por enquanto, sem ter encontrado restos do aparelho.
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