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Caminhões com ajuda humanitária do Brasil partem para fronteira com Venezuela

23.fev.2018 -  Guardas venezuelanos enfrentam manifestantes na fronteira com a Colômbia - Juan Barreto/AFP
23.fev.2018 - Guardas venezuelanos enfrentam manifestantes na fronteira com a Colômbia Imagem: Juan Barreto/AFP

23/02/2019 07h54Atualizada em 23/02/2019 10h23

Boa Vista (RR).- 23 fev (EFE).- Os caminhões que transportarão a primeira remessa de ajuda humanitária do Brasil para a Venezuela partiram na manhã de hoje de Boa Vista, em Roraima, para a fronteira entre os dois países, que está fechada desde a quinta-feira (21) pelo governo de Nicolás Maduro.

Os veículos são dois caminhões com placas e motoristas venezuelanos, que serão escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo exército durante os 220 quilômetros que levam até a cidade de Pacaraima, situada na própria fronteira.

Para essa cidade também se dirigirão o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a advogada María Teresa Belandria, embaixadora no Brasil designada pelo presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em janeiro.

O governo federal estocou em Boa Vista, com ajuda da embaixada dos Estados Unidos, cerca de 200 toneladas de alimentos e remédios, que não puderam ser transportados em sua totalidade devido ao fechamento de fronteira ordenado por Maduro.

O governo federal se comprometeu com a operação, mas estabeleceu como única condição que o transporte da carga seja realizado por "caminhões venezuelanos com motoristas venezuelanos", que nos últimos dias não conseguiram entrar no país devido ao bloqueio fronteiriço estabelecido por Maduro.

Segundo o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio do Rêgo Barros, a operação para entregar essa ajuda pode se prolongar pelos próximos dias se persistirem as dificuldades para a entrada dos caminhões venezuelanos.

Fontes oficiais consultadas pela Agência Efe disseram que, caso os caminhões não consigam entrar neste sábado na Venezuela, retornarão a Boa Vista e serão enviados novamente quando houver as garantias de segurança necessárias.

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