Pence defende proibição de viagens por coronavírus e diz que casos nos EUA vão aumentar
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, defendeu nesta quinta-feira as novas restrições de viagens a países europeus do governo Trump, dizendo que o epicentro da pandemia de coronavírus mudou da Ásia para a Europa.
Em uma rodada de entrevistas na televisão, Pence afirmou que são esperados milhares de casos adicionais da doença respiratória Covid-19 nos Estados Unidos, e que barrar os viajantes europeus é apenas parte da estratégia do governo dos EUA para combater o surto.
"Sabemos que haverá mais infecções nos próximos dias. Estamos tentando reduzir esse número o máximo possível", disse Pence ao programa "Today", da NBC, acrescentando que deixou a estimativa de possíveis casos nos EUA para especialistas federais em saúde.
A União Europeia criticou na quinta-feira a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma proibição de 30 dias à entrada de viajantes da Europa, dizendo que não foi consultada antes que ele a anunciasse em um discurso na noite de quarta-feira à nação.
"Reconhecemos que o epicentro do coronavírus passou da China e Coreia do Sul para a Europa", disse Pence à CNN, ao explicar que Trump tomou a decisão de impor a proibição após briefing de especialistas em saúde no Salão Oval.
A medida fez com que as ações das companhias aéreas europeias caíssem, aumentando ainda mais os temores do impacto da pandemia na economia global. Os índices futuros de ações dos EUA despencaram na quinta-feira de manhã após a notícia da proibição.
Democratas na Câmara dos Deputados dos EUA, que estão em negociações com a Casa Branca sobre um pacote para ajudar as pessoas diretamente afetadas pelo vírus e apoiar a economia dos EUA, apresentaram formalmente um projeto de lei na manhã de quinta-feira.
Os republicanos, no entanto, rejeitaram o plano e pediram adiamento na consideração da proposta, que deve ser votada na Câmara, controlada pelos democratas, nesta quinta-feira.
Pence também disse que as autoridades estão tentando acelerar os testes em todos os 50 Estados dos EUA e apontou os esforços de laboratórios comerciais, incluindo o Laboratório Corporation of America Holdings (LabCorp) e o Quest Diagnostics Inc, mas não deu outros detalhes.
Especialistas em saúde disseram que a escassez de kits de testes de diagnóstico tem dificultado a avaliação da escala de surto nos EUA e a redução da transmissão do vírus.
Mais de 1.300 casos de coronavírus nos EUA foram confirmados e 33 pessoas morreram, de acordo com registro da Universidade Johns Hopkins.
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