Moscou diz que sanções podem causar queda de Estação Espacial Internacional
Moscou afirmou hoje que as sanções ocidentais impostas após a invasão da Ucrânia pela Rússia poderiam provocar a queda da Estação Espacial Internacional (ISS). Estados Unidos e Europa anunciaram novas penalidades comerciais à Rússia ontem. Mais de 2,5 milhões de pessoas já fugiram da guerra da Ucrânia, segundo a ONU.
De acordo com Dmitri Rogozin, responsável da Agência espacial russa Roscosmos, o funcionamento de foguetes russos, que abastecem a ISS, ficará perturbado pelas sanções. As penalidades impostas a Moscou pelos países ocidentais teriam impactos na parte russa que funciona principalmente para corrigir a órbita da estação. Isso poderia provocar a "amerrisagem ou aterrissagem da ISS que pesa 500 toneladas", alertou o ministro.
O presidente americano Joe Biden anunciou na sexta-feira (11) que os Estados Unidos e seus aliados decidiram excluir a Rússia do regime normal de reciprocidade que rege o comércio mundial. A medida abre caminho para a imposição de severas tarifas alfandegárias.
Biden quer proibir também as importações de vodca, diamantes e produtos do mar russo. Ao final da cúpula de líderes da União Europeia em Versailhes, na França, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que os europeus estavam prontos para aplicar "sanções massivas" contra a Rússia se a guerra continuasse.
Mercenários sírios
O presidente russo Vladimir Putin autorizou o envio de combatentes "voluntários" vindos principalmente da Síria para reforçar o Exército russo na Ucrânia. Mercenários já combatem atualmente ao lado dos russos e dos militares sírios em apoio ao regime de Damasco, no conflito no país. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de contratar "assassinos sírios" para "destruir" a Ucrânia.
O ministro da defesa russa, Serguei Choigou, precisou que 16.000 combatentes do Oriente Médio estavam prontos para apoiar as forças russas.
A invasão da Ucrânia pela Rússia completa 17 dias neste sábado, com as tropas russas continuam às portas de Kiev e uma ofensiva que se ampliou para a cidade de Dnipro. Em Mariupol, onde milhares de civis estão cercados há 12 dias, a situação é "quase desesperadora", de acordo com Médicos sem fronteiras.
De acordo com a mídia local, sirenes de alerta antibombardeio soaram na madrugada de sábado em praticamente todo o território ucraniano, principalmente nos grandes centros urbanos como Kiev, Odessa, Dnipro e Carcóvia
Refugiados
Aproximadamente 100.000 pessoas foram evacuadas em dois dias das cidades ucranianas. O Alto comissariado pelos direitos humanos da ONU confimou a morte de 564 civis na Ucrânia desde o começo da ofensiva russa, entre eles, 41 crianças.
Mais de 2,5 milhões de pessoas já fugiram da guerra da Ucrânia, segundo com a organização, em apenas duas semanas. O êxodo mais rápido desde a Segunda guerra mundial. As agências humanitárias previam a fuga de 4 milhões de pessoas durante os seis primeiros meses de ofensiva, mas o número de refugiados deve ultrapassar as previsões iniciais.
Países vizinhos à Ucrânia, como a Moldávia, têm dificuldade em acolher o fluxo de refugiados.
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